O universo da literatura brasileira é vasto e vibrante, e nossa convidada de hoje é um exemplo da paixão e da versatilidade que movem a escrita nacional.
Temos o prazer de receber Michelle Louise Paranhos, escritora carioca, agente cultural e autora de 14 livros publicados de forma independente, transitando com maestria entre diversos gêneros, como o romance, o conto e o público juvenil. Michelle é uma voz ativa, colaborando com o projeto Liga dos 7 e atuando como organizadora do FLAL, o Festival de Literatura e Artes Literárias.
Nesta entrevista, mergulhamos no seu novo romance Young Adult, "Diário (não tão) secreto de Yasmin". Michelle revela como misturou realismo mágico e cultura japonesa para contar a história de Keiko, uma jovem que descobre no diário da mãe um portal mágico que a leva a uma aventura sobrenatural. Falamos sobre ancestralidade feminina, a força da produção independente e a missão de incentivar a cultura.
Biografia da escritora
Sou carioca da zona norte do Rio de janeiro, bairro da Tijuca. Moro há 30
anos no município de Seropédica-RJ.
Em 2011 criei na rede social Facebook a página Entrelinhas: Arte, Opinião
& poesia. Em 2014 lancei Ponto de Ressonância , romance voltado para o
público adulto.
Até o presente momento publiquei 14 livros como autora independente na
Amazon, e na plataforma Wattpad ― plataforma online para escritores e
leitores ― entre títulos para o público adulto e também juvenil, em
diversos gêneros, tais como conto, romance e novela.
Recebi o troféu Cecília Meirelles em 2015 e o Título de Cidadão
Seropedicense no mesmo ano por incentivos culturais para o município onde
resido.
Como cronista, faço parte do projeto literário “Liga dos 7" no Facebook e
também no Instagram, onde publico crônicas às quartas-feiras.
Em 2023 publiquei “Diário de Bordo de uma escritora diletante”, uma
coletânea comemorativa com contos, crônicas e muito mais, escritos ao longo
da carreira.
Em outubro de 2025 lancei a obra Young adult “Diário ( não tão ) secreto de
Yasmin na Amazon, no estilo Realismo Mágico, explorando a cultura Japonesa.
Lancei no Wattpad , o conto adulto, "No ventre do Monstro - Três dias de
silêncio", uma distopia.
E estou com uma obra em andamento. "Projeto Fraldas .Com" ― Mudanças de
planos. Esse livro é uma comédia romântica, sequência da obra "Blog3k -
Trollados pela vida adulta", publicado em 2017, na Amazon.
Faço parte da equipe como organizadora, mediadora e também sou escritora
participante da
13 ° Edição Nacional do FLAL - Festival de Literatura e Artes Literárias,
evento online.
Sou agente cultural do município de Seropédica -RJ.
Sinopse "Diário (não tão) Secreto de Yasmin"
Keiko,uma adolescente nipo- brasileira, choca-se com as regras maternas que
a forçam a seguir rituais japoneses do pai falecido.Com a ajuda da amiga,
ela encontra o diário de Yasmin, sua mãe, que revela ser um portal mágico.
Através dele , Keiko entrará em contato com Youkais, descobrindo segredos
sobre sua própria história e enfrentando o maligno Hankô Urami.Apoiada pelos
youkais Neko e Kitsune , ela embarca numa aventura para libertar a mãe
aprisionada no mundo dos sonhos por um Youkai do mal .
Perguntas Pessoais e Trajetória
[Blog Pense Repense] Você é uma autora extremamente prolífica, com 14 livros publicados de forma independente na Amazon. O que te move a manter esse ritmo intenso de produção em gêneros tão variados, como romance adulto, young adult, conto e distopia?
[Michelle Louise Paranhos] Costumo dizer que penso através da escrita. Fui muito tímida na adolescência e é bastante comum que pessoas mais introspectivas sejam igualmente observadoras. Contudo, graças a esse resquício de timidez que resistiu à passagem do tempo, eu tenho dificuldade de verbalizar minhas emoções em primeira pessoa, então eu utilizo os meus personagens como uma ferramenta para expressar minha visão de mundo.
Sou uma pessoa intensa, multifacetada, e que abomina rótulos, e é natural que eu não me enquadre em um único estilo.
Entretanto, para citar um estilo e ficar mais claro para os leitores o que quero dizer, digo então que escrevo Realismo mágico, porque minhas obras se passam em mundos reais, lugares conhecidos mas que trazem igualmente o sobrenatural, uma forma mágica de olhar a realidade e encontrar a magia presente em nossa vida.
[Blog Pense Repense] Você recebeu o Título de Cidadão Seropedicense por incentivos culturais e é agente cultural de Seropédica. Qual é o papel da cultura e da literatura para o desenvolvimento e a identidade de um município?
[Michelle Louise Paranhos] Ainda estamos criando uma identidade cultural em meu município, porque ele se emancipou no dia 12 de outubro de 1995, é um município ainda bastante novo.
Seropédica, onde moro há mais de 30 anos , é uma cidade que surgiu com o perfil de cidade-dormitório, para os alunos e funcionários da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Era, ao mesmo tempo, um bairro afastado do centro de Itaguaí.
Aos poucos os moradores realmente passaram a fixar residência, antes a população era muito flutuante, era difícil até reconhecer quem eram nossos vizinhos!
Eu participo de audiências públicas na câmara municipal, onde exerço meu voto como cidadã. Estou sempre pleiteando melhorias junto à secretaria de cultura para contribuir com a evolução cultural da região.
[Blog Pense Repense] Você criou a página Entrelinhas: Arte, Opinião & Poesia em 2011 e hoje faz parte do projeto Liga dos 7 de cronistas. Qual é a importância das redes sociais e desses coletivos para a sua escrita e para a conexão com o seu público?
[Michelle Louise Paranhos] A rede social é democrática e isso tem um lado bom e outro não tão bom assim ― como tudo, aliás.
O lado bom é que permitiu que pessoas que não tenham tanto poder aquisitivo ou
influência em meios jornalísticos, por exemplo, consigam divulgar sua
literatura sem ter que conseguir uma notinha de jornal na imprensa
tradicional. Sou do tempo em que qualquer escritor almejava sucesso ao estar
entre os 10 mais lidos na lista da Revista Veja! Era época do impresso e era
muito difícil se colocar no mercado literário, a rede social e a internet
propiciou que todos mundo possa escrever… e essa virou a bênção e a maldição
do autor contemporâneo.
Hoje qualquer pessoa publica dois emojis em uma rede social e se autointitula escritor!
Com essa visão social, que o que vale é a autodeclaração, a arte literária se esvaziou, perdeu o sentido. Quando todo mundo se acha capaz de fazer algo não se discute mais sobre evolução, sobre estudo, sobre técnica,sobre a arte em si ― qualquer coisa se torna válido.
[Blog Pense Repense] Seu novo lançamento é um Young Adult com Realismo Mágico, explorando a cultura Japonesa. Por que a mistura desses dois gêneros (YA e Realismo Mágico) foi a maneira ideal de contar a história de Keiko e Yasmin?
[Michelle Louise Paranhos] Como uma história Young adult, a história de keiko fala diretamente com essa linguagem híbrida, ideal para esse público adolescente, aliando a imaginação e cenas com potenciais gráficos, próprios da infância, com a capacidade de lidar com assuntos mais complexos e narrativa com subtexto, próprios do mundo adulto.
Diário (não tão) secreto
Michelle Louise Paranhos:
Hoje qualquer pessoa publica dois emojis em uma rede social e se autointitula escritor!
Com essa visão social, que o que vale é a autodeclaração, a arte literária se esvaziou, perdeu o sentido. Quando todo mundo se acha capaz de fazer algo não se discute mais sobre evolução, sobre estudo, sobre técnica,sobre a arte em si ― qualquer coisa se torna válido.
[Blog Pense Repense] Você está no comando da organização e
mediação da 13ª edição do FLAL (Festival de Literatura e Artes Literárias),
um evento online. Qual é o maior desafio e a maior recompensa de ser uma das
organizadoras de um festival literário nacional?
[Michelle Louise Paranhos] O maior desafio, sem dúvida, é lidar com o ego dos artistas. O artista, em especial o autor, acredita que vive isolado, e a rede social potencializa essa sensação. Agora mesmo eu não sei como esse texto está sendo lido, tem barulho do outro lado da sua rua? Carros passando, uma avenida movimentada ao fundo, talvez? Enquanto eu escrevo esse texto, ouço meus passarinhos cantando porque moro numa cidade do interior, cercada de verde, animais e silêncio!
Então, quando falamos numa rede social usamos o computador para falar com todo o mundo, mas ao fechar o computador, sair da rede social e mesmo durante seu uso, ainda estamos sozinhos. O autor não enxerga o outro, é fácil achar que suas palavras não serão capazes de magoar o outro, não ter essa empatia.
Eu não posso ter preferências também, enquanto organizadora; claro que tenho amigos mais próximos, mas como administradora de um evento, preciso ter o máximo de respeito, empatia, além da organização evidente, para colocar todas as atividades a contento, dentro dos seus prazos. Mas, posso dizer que vale a pena!
[Blog Pense Repense] Em 2023, você publicou o Diário de Bordo de uma Escritora Diletante. O que o público encontrou de mais íntimo nesse balanço comemorativo da sua carreira, e o que o termo 'diletante' significa para você?
[Michelle Louise Paranhos] Diletante é um termo curioso, que pode ser entendido no seu sentido positivo, como alguém que é amante de uma arte, em especial a literária e que se dedica a ela como um passatempo, e não como ofício ou, no seu sentido pejorativo…que quer dizer, exatamente, a mesma coisa!
Como um sentido pode ser uma coisa e outra, positivo e negativo ao mesmo tempo?! Curioso, não? Mas, assim é a escrita, ao mesmo tempo que eu não me dedico 100% da minha atenção à literatura, tenho outras atividades e funções sociais, eu sou 100% escritora, eu sou escritora mesmo quando não estou exercendo a escrita, porque a escrita é quem eu sou, é a minha identidade.
[Michelle Louise Paranhos] O maior desafio, sem dúvida, é lidar com o ego dos artistas. O artista, em especial o autor, acredita que vive isolado, e a rede social potencializa essa sensação. Agora mesmo eu não sei como esse texto está sendo lido, tem barulho do outro lado da sua rua? Carros passando, uma avenida movimentada ao fundo, talvez? Enquanto eu escrevo esse texto, ouço meus passarinhos cantando porque moro numa cidade do interior, cercada de verde, animais e silêncio!
Então, quando falamos numa rede social usamos o computador para falar com todo o mundo, mas ao fechar o computador, sair da rede social e mesmo durante seu uso, ainda estamos sozinhos. O autor não enxerga o outro, é fácil achar que suas palavras não serão capazes de magoar o outro, não ter essa empatia.
Eu não posso ter preferências também, enquanto organizadora; claro que tenho amigos mais próximos, mas como administradora de um evento, preciso ter o máximo de respeito, empatia, além da organização evidente, para colocar todas as atividades a contento, dentro dos seus prazos. Mas, posso dizer que vale a pena!
[Blog Pense Repense] Em 2023, você publicou o Diário de Bordo de uma Escritora Diletante. O que o público encontrou de mais íntimo nesse balanço comemorativo da sua carreira, e o que o termo 'diletante' significa para você?
[Michelle Louise Paranhos] Diletante é um termo curioso, que pode ser entendido no seu sentido positivo, como alguém que é amante de uma arte, em especial a literária e que se dedica a ela como um passatempo, e não como ofício ou, no seu sentido pejorativo…que quer dizer, exatamente, a mesma coisa!
Como um sentido pode ser uma coisa e outra, positivo e negativo ao mesmo tempo?! Curioso, não? Mas, assim é a escrita, ao mesmo tempo que eu não me dedico 100% da minha atenção à literatura, tenho outras atividades e funções sociais, eu sou 100% escritora, eu sou escritora mesmo quando não estou exercendo a escrita, porque a escrita é quem eu sou, é a minha identidade.
É essa pessoa, em toda essa complexidade e contradição, que eu levei também
para minhas crônicas e para esse livro que chamo carinhosamente de
miscelânea, onde coloquei meus pensamentos, contos, crônicas e até alguns
poemas ― ainda que eu não me considere poetisa, me vejo como autora
romancista e cronista.
[Blog Pense Repense] Como você vê o papel da literatura na sociedade atual quando as pessoas passam boa parte do dia nas redes sociais vendo vídeos e memes?
[Michelle Louise Paranhos] A rede social é diferente de acordo com perfil dos seus consumidores, e isso vai para além de algoritmos, isso quer dizer que somos diferentes e não fazemos parte de todos os nichos ao mesmo tempo, inclusive o que diz respeito nichos literários ― e isso está tudo bem, temos que usar os filtros a nosso favor.
Eu convivo com pessoas que pensam mais na literatura, e elas até assistem memes ― eu também vejo, é claro! Mas mesmo meus memes envolvem literatura, filmes e a arte literária e a sua arte-irmã, o cinema, porque isso é o que me move.
Falamos que as pessoas veem porcaria porque interagem com porcaria e o algoritmo entrega porcaria… experimente mudar, dar ênfase para uma assunto mais elevado e sua rede social entregará outros conteúdos.
Meu feed é repleto de biólogos, livros, música, veterinários, calopsita, cachorros, cinema, literatura, política, cultura, porque são esses meus interesses, percebe o que quero dizer?! Além disso, não podemos esquecer, trabalho com diferentes perfis e nunca sei o que um conteúdo aleatório pode ser a marca de um personagem, um protagonista e até um vilão no futuro, e mesmo um conteúdo que eu não concorde pode servir para inspirar um personagem. Eu preciso estar onde meu público está; sou artista, não posso fugir disso.
[Blog Pense Repense] Qual é a sua opinião sobre a importância da leitura para o desenvolvimento da imaginação? Como você se inspira para suas histórias?
[Michelle Louise Paranhos] A leitura é fundamental para ampliar minha visão de mundo, me conectar com outras perspectivas, eu sou capaz de viajar por todo universo através das páginas de um livro, mundos reais e imaginários, fantasia e realidade. A minha criatividade é alimentada através da leitura.
[Blog Pense Repense] Observamos uma grande mudança nas redes sociais: saímos dos posts estáticos, passamos pelos carrosséis e, hoje, o foco são os vídeos curtos. Qual foi o momento que você percebeu que precisava fazer essa transição de formato na sua divulgação e como isso impactou a forma como você se conecta com seus leitores?
[Michelle Louise Paranhos] Eu sou bastante resistente a mudanças gerais, eu até gosto de assistir alguns vídeos curtos, mas me importa mais o tema dos vídeos que a duração deles, e acho incrível a gente não conseguir perder mais que alguns segundos de atenção e pessoas chamam áudios de 5 minutos de podcasts, como alguém consegue explorar todas as facetas da realidade com 5 segundos de vídeos?
Perguntas sobre Literatura
[Blog Pense Repense] Como você vê o papel da literatura na sociedade atual quando as pessoas passam boa parte do dia nas redes sociais vendo vídeos e memes?
[Michelle Louise Paranhos] A rede social é diferente de acordo com perfil dos seus consumidores, e isso vai para além de algoritmos, isso quer dizer que somos diferentes e não fazemos parte de todos os nichos ao mesmo tempo, inclusive o que diz respeito nichos literários ― e isso está tudo bem, temos que usar os filtros a nosso favor.
Eu convivo com pessoas que pensam mais na literatura, e elas até assistem memes ― eu também vejo, é claro! Mas mesmo meus memes envolvem literatura, filmes e a arte literária e a sua arte-irmã, o cinema, porque isso é o que me move.
Falamos que as pessoas veem porcaria porque interagem com porcaria e o algoritmo entrega porcaria… experimente mudar, dar ênfase para uma assunto mais elevado e sua rede social entregará outros conteúdos.
Meu feed é repleto de biólogos, livros, música, veterinários, calopsita, cachorros, cinema, literatura, política, cultura, porque são esses meus interesses, percebe o que quero dizer?! Além disso, não podemos esquecer, trabalho com diferentes perfis e nunca sei o que um conteúdo aleatório pode ser a marca de um personagem, um protagonista e até um vilão no futuro, e mesmo um conteúdo que eu não concorde pode servir para inspirar um personagem. Eu preciso estar onde meu público está; sou artista, não posso fugir disso.
[Blog Pense Repense] Qual é a sua opinião sobre a importância da leitura para o desenvolvimento da imaginação? Como você se inspira para suas histórias?
[Michelle Louise Paranhos] A leitura é fundamental para ampliar minha visão de mundo, me conectar com outras perspectivas, eu sou capaz de viajar por todo universo através das páginas de um livro, mundos reais e imaginários, fantasia e realidade. A minha criatividade é alimentada através da leitura.
[Blog Pense Repense] Observamos uma grande mudança nas redes sociais: saímos dos posts estáticos, passamos pelos carrosséis e, hoje, o foco são os vídeos curtos. Qual foi o momento que você percebeu que precisava fazer essa transição de formato na sua divulgação e como isso impactou a forma como você se conecta com seus leitores?
[Michelle Louise Paranhos] Eu sou bastante resistente a mudanças gerais, eu até gosto de assistir alguns vídeos curtos, mas me importa mais o tema dos vídeos que a duração deles, e acho incrível a gente não conseguir perder mais que alguns segundos de atenção e pessoas chamam áudios de 5 minutos de podcasts, como alguém consegue explorar todas as facetas da realidade com 5 segundos de vídeos?
Um autor não pode se sujeitar a isso, e enquanto sociedade nós somos
responsáveis por também educar a população, porque somos profissionais da
literatura e não somos apenas meros reprodutores do sistema, somos criadores
de conteúdo, se queremos que a sociedade mude, a mudança tem que ser a
partir de nós.
[Blog Pense Repense] Existe algum autor ou autora brasileira contemporânea que você admira e que, na sua opinião, está fazendo um trabalho excepcional ao trazer temas atuais para a literatura?
[Michelle Louise Paranhos] A autora Ironi Jaeger, com seu livro A Prisão da Mente, trouxe um relato corajoso e um alerta para mulheres que amam demais e se tornam vítimas em potenciais predadores emocionais, homens que usam a sedução para manipular a sua vítima.
Gostei também do livro O avesso da pele, de Jefferson Tenorio, que aborda temas como racismo e violência policial, são assuntos que precisam ser falados e combatidos, e servem de alerta.
[Blog Pense Repense] Qual conselho você daria para jovens que desejam se tornar escritores?
[Michelle Louise Paranhos] Sejam resilientes, não esperem que o público valide aquilo que você escreve para resolver mostrar sua obra.
O Foco mais importante é a sua própria opinião sobre você, o público é um “ente volátil”, ora eles te amam, ora não, mas você permanece, evoluindo e crescendo como escritor. Outra coisa, o autor evolui e nem todo trabalho atingirá sucesso e nem todo será reconhecido, e mesmo assim, deve ser feito, dê tempo ao tempo.
[Blog Pense Repense] Qual foi o último livro que você leu e por que o recomendaria?
[Michelle Louise Paranhos] Estou lendo agora Amor impróprio de Josimary Giosa e trata de uma história onde a personagem precisa lidar com as armadilhas e manipulações do amor. Ainda que seja um romance, e não tenha foco principal em ensinar algo, traz uma importante mensagem.
[Blog Pense Repense] Você é uma leitora assídua de livros digitais ou prefere os livros físicos? E, falando de consumo pessoal, como você organiza seu orçamento ou sua forma de receber/comprar livros para dar conta de tantas novidades?
[Michelle Louise Paranhos] Prefiro livros digitais, porque uso óculos e com o aplicativo de leitura e também dispositivo de leitor de ebook (tenho um kindle) posso alterar a fonte e tamanho da letra, facilitando bastante. Fora que o livro e-book é muito mais acessível para adquirir, e isso pesa bastante na escolha, especialmente para leitoras compulsivas, como eu rsrs.
[Blog Pense Repense] Qual é o seu gênero literário favorito para ler quando está de folga, e por que ele te agrada tanto?
[Michelle Louise Paranhos] Gosto de romances, livros de suspense e mistério, livros que tenham sobrenatural sim, mas que tenham um foco maior na realidade e questões sociais.
[Blog Pense Repense] Quais são os três elementos que, na sua opinião, um livro precisa ter para ser considerado "perfeito" ou uma leitura obrigatória?
[Michelle Louise Paranhos] A suspensão da descrença tem que fazer sentido pra mim, se o livro quiser me convencer de que o personagem está em Marte eu preciso acreditar que estou em Marte! O autor precisa me convencer de que sim, é possível.
Não gosto de insinuações, de ter que preencher lacunas com minha imaginação, se eu tiver que imaginar, quero ter o título de co-autora; como leitora quero conhecer integralmente o mundo a partir da imaginação do autor, sou uma leitora passiva.
[Blog Pense Repense] Existe algum autor ou autora brasileira contemporânea que você admira e que, na sua opinião, está fazendo um trabalho excepcional ao trazer temas atuais para a literatura?
[Michelle Louise Paranhos] A autora Ironi Jaeger, com seu livro A Prisão da Mente, trouxe um relato corajoso e um alerta para mulheres que amam demais e se tornam vítimas em potenciais predadores emocionais, homens que usam a sedução para manipular a sua vítima.
Gostei também do livro O avesso da pele, de Jefferson Tenorio, que aborda temas como racismo e violência policial, são assuntos que precisam ser falados e combatidos, e servem de alerta.
[Blog Pense Repense] Qual conselho você daria para jovens que desejam se tornar escritores?
[Michelle Louise Paranhos] Sejam resilientes, não esperem que o público valide aquilo que você escreve para resolver mostrar sua obra.
O Foco mais importante é a sua própria opinião sobre você, o público é um “ente volátil”, ora eles te amam, ora não, mas você permanece, evoluindo e crescendo como escritor. Outra coisa, o autor evolui e nem todo trabalho atingirá sucesso e nem todo será reconhecido, e mesmo assim, deve ser feito, dê tempo ao tempo.
Perguntas sobre Livros
[Blog Pense Repense] Qual foi o último livro que você leu e por que o recomendaria?
[Michelle Louise Paranhos] Estou lendo agora Amor impróprio de Josimary Giosa e trata de uma história onde a personagem precisa lidar com as armadilhas e manipulações do amor. Ainda que seja um romance, e não tenha foco principal em ensinar algo, traz uma importante mensagem.
[Blog Pense Repense] Você é uma leitora assídua de livros digitais ou prefere os livros físicos? E, falando de consumo pessoal, como você organiza seu orçamento ou sua forma de receber/comprar livros para dar conta de tantas novidades?
[Michelle Louise Paranhos] Prefiro livros digitais, porque uso óculos e com o aplicativo de leitura e também dispositivo de leitor de ebook (tenho um kindle) posso alterar a fonte e tamanho da letra, facilitando bastante. Fora que o livro e-book é muito mais acessível para adquirir, e isso pesa bastante na escolha, especialmente para leitoras compulsivas, como eu rsrs.
[Blog Pense Repense] Qual é o seu gênero literário favorito para ler quando está de folga, e por que ele te agrada tanto?
[Michelle Louise Paranhos] Gosto de romances, livros de suspense e mistério, livros que tenham sobrenatural sim, mas que tenham um foco maior na realidade e questões sociais.
[Blog Pense Repense] Quais são os três elementos que, na sua opinião, um livro precisa ter para ser considerado "perfeito" ou uma leitura obrigatória?
[Michelle Louise Paranhos] A suspensão da descrença tem que fazer sentido pra mim, se o livro quiser me convencer de que o personagem está em Marte eu preciso acreditar que estou em Marte! O autor precisa me convencer de que sim, é possível.
Não gosto de insinuações, de ter que preencher lacunas com minha imaginação, se eu tiver que imaginar, quero ter o título de co-autora; como leitora quero conhecer integralmente o mundo a partir da imaginação do autor, sou uma leitora passiva.
Claro que minha leitura é ativa, na raiz da palavra, no momento em que ler é
uma ação. Contudo, digo que sou leitora passiva ao me render não aquilo que
minha imaginação interpreta, mas antes, aquilo que o autor é capaz de me
fazer interpretar.
[Blog Pense Repense] Se você pudesse recomendar apenas um livro (que não fosse seu) que todo aspirante a escritor deveria ler para entender melhor o ofício, qual seria e, mais importante, o que ele ensina sobre a arte de escrever? (Foco na recomendação fundamental para o ofício.)
[Michelle Louise Paranhos] Para ler como um escritor, de Francine Prose.
[Blog Pense Repense] Se você pudesse recomendar apenas um livro (que não fosse seu) que todo aspirante a escritor deveria ler para entender melhor o ofício, qual seria e, mais importante, o que ele ensina sobre a arte de escrever? (Foco na recomendação fundamental para o ofício.)
[Michelle Louise Paranhos] Para ler como um escritor, de Francine Prose.
Perguntas sobre o Livro
"Diário (não tão) secreto de Yasmin"
[Blog Pense Repense] Seu novo lançamento é um Young Adult com Realismo Mágico, explorando a cultura Japonesa. Por que a mistura desses dois gêneros (YA e Realismo Mágico) foi a maneira ideal de contar a história de Keiko e Yasmin?
[Michelle Louise Paranhos] Como uma história Young adult, a história de keiko fala diretamente com essa linguagem híbrida, ideal para esse público adolescente, aliando a imaginação e cenas com potenciais gráficos, próprios da infância, com a capacidade de lidar com assuntos mais complexos e narrativa com subtexto, próprios do mundo adulto.
O estilo dessa obra traz essa “pegada” de anime/mangá, que é um estilo
japonês com sua visão única de enxergar a vida. Mais que uma obra young
adult, Diário ( não tão) secreto de Yamin é uma obra no estilo anime,
para jovens e adultos a partir de 16 anos.
[Blog Pense Repense] A história se aprofunda na cultura japonesa, retratada no bairro da Liberdade, em São Paulo. Qual foi a sua maior inspiração para incluir o misticismo e os Youkais (figuras sobrenaturais) na jornada de Keiko?
[Michelle Louise Paranhos] Realidade: muitos orientais, em especial japoneses, sofreram com o preconceito em especial pós-pandemia. As pessoas do nosso hemisfério ocidental, olham para orientais como um povo único, como se todos os “Olhos puxados” fossem iguais .
O preconceito contra os orientais, supostamente surgiu com o vírus na China, só intensificou o problema, e se estendeu aos orientais e seus descendentes, como uma espécie de dívida genética, se é que isso existe.
Então, essa obra fala sobre essa questão realista, do preconceito intensificado mesmo entre nós, nos dias atuais. Durante anos se falou que a nossa identidade foi uma miscigenação de três raças: o branco, o negro e o indigena, esquecendo a contrinuição da população japonesa (e o oriental num olhar macro) na formação da nossa identidade.
A fantasia foi um recurso para mostrar como podemos desconhecer a realidade porque somos incapazes de ver. Em certo momento a personagem kitsune, que é guardiã e é uma youkai raposa e também narradora da história, diz para o leitor: “keiko vê, mas é incapaz de enxergar. Ela escuta, mas é incapaz de ouvir!” ao explicar que keiko só vê o mundo real e não enxerga, ainda o sobrenatural, até que ela tenha a compreensão, amadureça. Quando ela amadurece ela passa a enxergar o todo, sem esperar que expliquem o mundo para ela, sem ser passiva, como uma criança.
[Blog Pense Repense] O livro aborda a ancestralidade feminina e o amadurecimento interrompido de Yasmin (a mãe) aos 16 anos. Por que foi importante que a filha, Keiko, descobrisse a própria história exatamente na mesma idade através do diário?
[Michelle Louise Paranhos] Porque o diário é um portal para o sobrenatural, mas não tem somente essa função. O diário revela o passado, é a memória, traz à tona quem Yasmin foi e deixou de ser, já que seu amadurecimento foi brutalmente interrompido ao ser obrigada a crescer e cuidar de uma criança sendo ela, também, uma criança ainda.
Ela estava sozinha e se agarrou na outra família, a família de seu futuro marido não por amor, mas por desespero, ela não tinha ninguém por ela, uma adolescente expulsa de casa com um filho na barriga!
Visto assim, com essa crueza, seria muito difícil não fazer uma escrita pesada, carregada de drama, então trouxe a leveza da infância, da magia, para contar sobre essa jornada de amadurecimento, falando sobre paletas como uma caminhada sobre um arco-íris enquanto canta músicas infantis do cancioneiro japonês ― a canção está no livro, é Tulip. Percebe como a sutileza entrou aqui para tratar uma assunto delicado para um público híbrido como o adolescente.
[Blog Pense Repense] O diário não é apenas um livro, mas um portal mágico que é um portal usado por keiko para libertar a mãe, prisioneira no mundo dos sonhos. Na sua opinião, o que o mundo dos sonhos e a fantasia conseguem revelar sobre a realidade da ancestralidade feminina que o Realismo não poderia?
[Michelle Louise Paranhos] keiko não é capaz de enxergar sua mãe porque lhe falta maturidade, e experiência de vida. Quando a mãe está imersa na ilusão de que ela mesma é uma criança, Yasmin se vê como criança e está próxima a um rio, desenhando. Ela não reconhece a filha, porque ela, por influência do youkai, esqueceu de seu papel materno. Como criança ela não tem responsabilidade, pode só brincar e fazer tudo que uma criança quer, mas ela não é mãe, ela abre mão da maternidade.
Quando keiko cai dentro do rio e está se afogando, sua mãe tem uma escolha a fazer e ela deixa a despreocupação da infância, mais uma vez, dessa vez de forma consciente, para mergulhar no rio e resgatar sua filha e o vínculo com keiko.
Para o adolescente é só uma cena fantástica, mas essa parte é um recado para as mães (adulta), que temos escolhas e escolhemos crescer e ser mães, precisamos assumir nosso papel ou nosso filho vai morrer, afogado, por abandono afetivo, crianças perdidas em redes sociais, para o tráfico, para a rua, a violência.
[Blog Pense Repense] Você tem uma comédia romântica em andamento (Projeto Fraldas .Com), que é sequência de uma obra anterior. O que te atrai no desafio de revisitar personagens e criar uma sequência em um gênero completamente diferente do seu último lançamento?
[Michelle Louise Paranhos] Mas aí que está, e quem disse que é diferente?
Também tem realismo na obra em andamento, porque eu sou essencialmente uma escritora realista, então o “Projeto Fraldas.com” pode ser localizado no tempo e espaço, eu falo de lugares reais, nomes de rua, tenho esse cuidado de ambientar minhas obras. Enquanto no “Diário” eu falava de São Paulo, agora, em “Projeto Fraldas.com” estou na zona norte do rio, no bairro de vila Isabel e também no Recreio dos Bandeirantes, próximo à Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
E a obra fala de desafio da maternidade, se antes era sobre a adolescência, agora a minha Cleisemir está às voltas com a descoberta da maternidade, o casamento , do ciúme do marido, dos amigos que não tem mais tempo para balada e agora a preocupação não é conseguir se equilibrar no salto agulha e sim, como providenciar a compra de um pacote de fraldas num domingo às onze da noite! É cômico e também trágico, mas são as fases da maternidade e só quem fez escolhas têm que conviver. Ambos os livros falam de escolhas.
Sobre revisitar o personagem, está sendo uma aventura, apesar de ter escrito tantos livros, nenhuma obra minha trabalhou com sequência.
Estou amadurecendo personagens e está sendo curioso imaginar quem eu era quando escrevi essas personagens e como eu sou agora, eu também evoluí, como pessoa e como autora.
[Blog Pense Repense] A história se aprofunda na cultura japonesa, retratada no bairro da Liberdade, em São Paulo. Qual foi a sua maior inspiração para incluir o misticismo e os Youkais (figuras sobrenaturais) na jornada de Keiko?
[Michelle Louise Paranhos] Realidade: muitos orientais, em especial japoneses, sofreram com o preconceito em especial pós-pandemia. As pessoas do nosso hemisfério ocidental, olham para orientais como um povo único, como se todos os “Olhos puxados” fossem iguais .
O preconceito contra os orientais, supostamente surgiu com o vírus na China, só intensificou o problema, e se estendeu aos orientais e seus descendentes, como uma espécie de dívida genética, se é que isso existe.
Então, essa obra fala sobre essa questão realista, do preconceito intensificado mesmo entre nós, nos dias atuais. Durante anos se falou que a nossa identidade foi uma miscigenação de três raças: o branco, o negro e o indigena, esquecendo a contrinuição da população japonesa (e o oriental num olhar macro) na formação da nossa identidade.
A fantasia foi um recurso para mostrar como podemos desconhecer a realidade porque somos incapazes de ver. Em certo momento a personagem kitsune, que é guardiã e é uma youkai raposa e também narradora da história, diz para o leitor: “keiko vê, mas é incapaz de enxergar. Ela escuta, mas é incapaz de ouvir!” ao explicar que keiko só vê o mundo real e não enxerga, ainda o sobrenatural, até que ela tenha a compreensão, amadureça. Quando ela amadurece ela passa a enxergar o todo, sem esperar que expliquem o mundo para ela, sem ser passiva, como uma criança.
[Blog Pense Repense] O livro aborda a ancestralidade feminina e o amadurecimento interrompido de Yasmin (a mãe) aos 16 anos. Por que foi importante que a filha, Keiko, descobrisse a própria história exatamente na mesma idade através do diário?
[Michelle Louise Paranhos] Porque o diário é um portal para o sobrenatural, mas não tem somente essa função. O diário revela o passado, é a memória, traz à tona quem Yasmin foi e deixou de ser, já que seu amadurecimento foi brutalmente interrompido ao ser obrigada a crescer e cuidar de uma criança sendo ela, também, uma criança ainda.
Ela estava sozinha e se agarrou na outra família, a família de seu futuro marido não por amor, mas por desespero, ela não tinha ninguém por ela, uma adolescente expulsa de casa com um filho na barriga!
Visto assim, com essa crueza, seria muito difícil não fazer uma escrita pesada, carregada de drama, então trouxe a leveza da infância, da magia, para contar sobre essa jornada de amadurecimento, falando sobre paletas como uma caminhada sobre um arco-íris enquanto canta músicas infantis do cancioneiro japonês ― a canção está no livro, é Tulip. Percebe como a sutileza entrou aqui para tratar uma assunto delicado para um público híbrido como o adolescente.
[Blog Pense Repense] O diário não é apenas um livro, mas um portal mágico que é um portal usado por keiko para libertar a mãe, prisioneira no mundo dos sonhos. Na sua opinião, o que o mundo dos sonhos e a fantasia conseguem revelar sobre a realidade da ancestralidade feminina que o Realismo não poderia?
[Michelle Louise Paranhos] keiko não é capaz de enxergar sua mãe porque lhe falta maturidade, e experiência de vida. Quando a mãe está imersa na ilusão de que ela mesma é uma criança, Yasmin se vê como criança e está próxima a um rio, desenhando. Ela não reconhece a filha, porque ela, por influência do youkai, esqueceu de seu papel materno. Como criança ela não tem responsabilidade, pode só brincar e fazer tudo que uma criança quer, mas ela não é mãe, ela abre mão da maternidade.
Quando keiko cai dentro do rio e está se afogando, sua mãe tem uma escolha a fazer e ela deixa a despreocupação da infância, mais uma vez, dessa vez de forma consciente, para mergulhar no rio e resgatar sua filha e o vínculo com keiko.
Para o adolescente é só uma cena fantástica, mas essa parte é um recado para as mães (adulta), que temos escolhas e escolhemos crescer e ser mães, precisamos assumir nosso papel ou nosso filho vai morrer, afogado, por abandono afetivo, crianças perdidas em redes sociais, para o tráfico, para a rua, a violência.
[Blog Pense Repense] Você tem uma comédia romântica em andamento (Projeto Fraldas .Com), que é sequência de uma obra anterior. O que te atrai no desafio de revisitar personagens e criar uma sequência em um gênero completamente diferente do seu último lançamento?
[Michelle Louise Paranhos] Mas aí que está, e quem disse que é diferente?
Também tem realismo na obra em andamento, porque eu sou essencialmente uma escritora realista, então o “Projeto Fraldas.com” pode ser localizado no tempo e espaço, eu falo de lugares reais, nomes de rua, tenho esse cuidado de ambientar minhas obras. Enquanto no “Diário” eu falava de São Paulo, agora, em “Projeto Fraldas.com” estou na zona norte do rio, no bairro de vila Isabel e também no Recreio dos Bandeirantes, próximo à Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
E a obra fala de desafio da maternidade, se antes era sobre a adolescência, agora a minha Cleisemir está às voltas com a descoberta da maternidade, o casamento , do ciúme do marido, dos amigos que não tem mais tempo para balada e agora a preocupação não é conseguir se equilibrar no salto agulha e sim, como providenciar a compra de um pacote de fraldas num domingo às onze da noite! É cômico e também trágico, mas são as fases da maternidade e só quem fez escolhas têm que conviver. Ambos os livros falam de escolhas.
Sobre revisitar o personagem, está sendo uma aventura, apesar de ter escrito tantos livros, nenhuma obra minha trabalhou com sequência.
Estou amadurecendo personagens e está sendo curioso imaginar quem eu era quando escrevi essas personagens e como eu sou agora, eu também evoluí, como pessoa e como autora.
Apoie a autora seguindo seu trabalho incrível
Facebook Michelle Louise Paranhos
Wattpad @MichelleParanhos
Amazon Michelle Louise Paranhos
Crônicas Liga dos 7

Diário (não tão) secreto
de Yasmin
Um diário comum pode guardar os maiores segredos de sua linhagem. O passado da sua mãe é o portal para libertar o seu futuro.
Leia o E-book na AmazonMichelle Louise Paranhos:
Do Wattpad a Amazon, conectando-se com a autora
Convido a todos a conhecerem minhas obras já publicadas na amazon e também conhecerem o projeto "Fraldas. Com" que está sendo escrito na plataforma wattpad, que permite que os leitores possam interagir com o autor, dar opinião e fazer comentários, o que é um estímulo a mais para o leitor.
Além disso, podem acompanhar as minhas crônicas, às quartas freitas, na Liga dos 7.
Muito obrigada por sua leitura e apoio.
Além disso, podem acompanhar as minhas crônicas, às quartas freitas, na Liga dos 7.
Muito obrigada por sua leitura e apoio.
Apoie a Autora e Mergulhe em Novidades!
Se você curtiu a entrevista e quer mais lendas do nosso Brasil,
temos um pedido simples para você:
- Compartilhe: Use o ícone de compartilhamento ( ) para espalhar esta entrevista nas suas redes e apoiar o autor. Seu clique faz a diferença!
- Siga a Autora: Conecte-se com a autora nas redes sociais para não perder novidades e próximos lançamentos.
- Fique por Dentro: Clique aqui para acessar os primeiros rascunhos e conhecer as próximas histórias que estão chegando!
Ganhe Visibilidade Gratuita!
Você é escritor e busca novos leitores? Queremos te ajudar:
Estamos divulgando autores gratuitamente em nossa plataforma.
Aproveite esta chance única de dar um upgrade na sua
visibilidade! Entre em contato e saiba como!
Conhece esses escritores Brasileiros?
Comentários
Postar um comentário
Primeiramente obrigada pela visita, se expresse sobre essa postagem deixando o seu comentário aqui:
♥ Se você tiver um site, blog, etc, deixe o link, saiba como aqui, se eu gostar, eu sigo;
♥ Seja sincero, aceito comentários construtivos;
♥ Comentários com conteúdo obsceno, ilegal, ofensivo e/ ou spam, será apagado;
♥ Se precisar de ajuda, entre em contato nos locais indicados, talvez possamos ajudar.
Se você gostou do blog, ajude a divulgá-lo, é simples! Obrigada pela visita ♥