Hoje, mergulhamos no universo vibrante da Fantasia e da cultura
nerd com um autor que prefere se manter no anonimato:
Shinato.
Desde a infância, Shinato cultiva uma paixão profunda por
animes, mangás e light novels, transformando essa inspiração em uma narrativa original com
forte influência japonesa, mas criada no Brasil. Sua jornada na
escrita começou em 2020, como uma forma criativa de dar vida às histórias
que "animava" em sua mente.
Em nossa conversa exclusiva, Shinato nos apresenta o primeiro volume da
série "Luz da lua cheia". A obra, que mistura
ação, aventura e drama, acompanha a adolescente Hikari, cuja vida
muda radicalmente após um estranho incidente sob a lua cheia.
Nesta entrevista, ele revela como sua pesquisa aprofundada sobre a
geocultura, incluindo detalhes como horários escolares e
licença-maternidade, é essencial para dar
realismo social aos cenários fictícios da saga. Descubra como o
estudo detalhado se fundiu para criar uma das séries de fantasia mais
promissoras da literatura nacional.
Biografia do escritor
Pseudônimo de um escritor brasileiro do gênero fictício que, pelo menos por
hora, prefere se manter anônimo.
Desde a infância, tomou gosto por diversos elementos da cultura nerd. Em
especial, pelo nicho de animes, mangás e light novels, o que apenas se
fortaleceu com o tempo, sempre expressando preferência por narrativas
repletas de ação, fantasia e drama.
Outra paixão e foco de curiosidade do autor, eram questões relacionadas à
geocultura dos mais diversos países, o que acabou tornando-se útil para a
montagem das obras escritas e em andamento, mantendo atualizados seus campos
de estudo para retratar da melhor maneira possível os cenários de fundo das suas histórias.
Iniciou os manuscritos da série "Luz da Lua Cheia" em 2020, como forma de
expor sua criatividade gerada por pequenos detalhes presentes em grandes
momentos de tédio. Foi também a maneira de driblar a falta de habilidade com
o lápis para realizar desenhos, narrando detalhadamente a história que
"animou" em sua cabeça.
Em julho de 2025, concluiu a publicação do primeiro volume da série "Luz da Lua Cheia", tendo recursos limitados disponíveis para a
diagramação e a conclusão do manuscrito da obra, sendo utilizada até mesmo
as ferramentas de notas do celular para os primeiros rascunhos.
Atualmente, dá andamento a novos projetos, possuindo toda a série "Luz da Lua Cheia" concluída, havendo a intenção de continuar publicando a saga.
Sinopse Luz da Lua Cheia
”... foi nessa situação apavorante, que seus segredos mais profundos foram
revelados. Tão profundos, que a própria garota os desconhecia."
Este é o ponto de partida da saga intitulada “Luz da Lua Cheia”. A série de
livros trará uma narrativa inspirada nas clássicas histórias japonesas
presentes em animes e mangás, descrita pelo ponto de vista de um autor que
encontrou na escrita a forma de expor sua criatividade e compensar sua falta
de habilidade com desenhos feitos à mão, resultando em uma obra semelhante
às também famosas light novels.
A história tem como foco principal o cotidiano de uma adolescente chamada
Hikari, que após um estranho incidente durante uma noite de lua cheia, vê
sua vida tomar um rumo inacreditável. A partir de então, a jovem terá de
aprender a conviver com sua nova realidade, encarando não só o resultado da
nova descoberta desta sombria noite, como também das demais surpresas
relacionadas, sobre as quais tomava conhecimento pelo caminho.
”Luz da Lua Cheia” traz uma história fechada e sólida, com elementos de
ação, aventura, suspense e drama, além de outros gêneros fora do enfoque
principal, preparados especialmente para imergir o leitor e mexer com suas
emoções.
Descubra você também os segredos que a maioria das pessoas não conhecem!
Perguntas Pessoais
[Blog Pense Repense]: Você optou por usar o pseudônimo Shinato e se
manter anônimo. Por que foi importante para você separar sua identidade pessoal
de sua vida como escritor e manter esse mistério para o público?
[Shinato]: Foi mais porque sou muito retraído. Não consigo imaginar meu
rosto sendo divulgado por aí, por menor que seja a divulgação. E como eu gosto
de pensar que é possível alcançar um patamar maior, não sei se me sentiria
confortável lidando com o público.
Fui diagnosticado com TEA nível 1 de suporte e tenho bastante dificuldade de
interação social. Eu sei que não parece, quando faço essas entrevistas, ou com
os meus artigos lá no blog, mas é porque assim é mais fácil pra mim. Consigo
conversar, mas de início sou bem diferente no trato social pessoalmente.
[Blog Pense Repense]: Você cresceu com paixão pela cultura nerd, especialmente animes, mangás e
light novels. Qual foi o primeiro anime ou mangá que despertou em você o
desejo de criar suas próprias narrativas de fantasia e ação?
[Shinato]: Sendo bem honesto, não lembro de estar assistindo
alguma coisa específica quando me bateu a inspiração. Eu conto, lá no blog,
que isso aconteceu em uma situação bem espontânea. Tipo, foi do nada, mesmo!
Mas, pro desenvolvimento e a temática da história, claro que tive minhas
inspirações.
O tema “magia” sempre me chamou muito a atenção, e uma obra que eu amo e
sempre cito como inspiração é Fate/Zero, que tem um tom mais sombrio, o
que também é do meu gosto. Outra coisa que me deixa fascinado são histórias
com várias reviravoltas e personagens aprofundados. Nesse quesito, cito
Fullmetal Alchmist como minha principal inspiração.
[Blog Pense Repense]: Você menciona que a série "Luz da Lua Cheia" nasceu como uma forma de driblar a
falta de habilidade com o lápis e "animar" em palavras as histórias que tinha
na cabeça. O que a escrita consegue entregar em termos de detalhe e imersão
que o desenho não conseguiria, na sua opinião?
[Shinato]: Acredito que a obra escrita dá à quem consome uma maior
possibilidade de formar uma opinião sobre a história. Em uma imagem, você vê o
que está acontecendo, mas em uma narrativa, várias passagens têm uma
interpretação ambígua. Mexe mais com a sua imaginação.
Sem contar que, na escrita, você pode deixar detalhes implícitos, que não
seria possível deixar em um quadrinho. Mas, acredito que ambos têm suas
vantagens e desvantagens entre si.
[Blog Pense Repense]: Você estuda a geocultura de diversos países para montar seus cenários. Como
essa paixão por geografia e cultura se manifesta na série "Luz da Lua Cheia", e
qual foi o país/local mais desafiador de pesquisar para o seu primeiro
volume?
[Shinato]: No caso, eu só pesquisei sobre o
Japão, claro, já que a história é toda ambientada como um anime tradicional.
Claro que usei alguns estereótipos da cultura pop local, para dar a cara de
uma obra do tipo, mas fiz todo o possível para precisar usar o mínimo
deles.
No mais, pesquisei todo detalhe aleatório que você possa imaginar, pra evitar
qualquer inconsistência. Mas, tipo... todo mesmo! Desde o calendário escolar,
até rotinas organizacionais e, até mesmo, o tempo de licença maternidade! Deu
trabalho, mas foi bem divertido. Entretanto, ainda que me baseando na geocultura
japonesa, todas as cidades que aparecem na obra são fictícias. No mais, vou
evitar de falar, porque estou estudando outros países para meus próximos
trabalhos. Então, seria spoiler.
[Blog Pense Repense]: O primeiro volume de "Luz da Lua Cheia" foi concluído com recursos limitados,
usando até mesmo as ferramentas de notas do celular. Qual é a maior lição que
você tira dessa jornada de publicação independente e quais dicas daria para
autores que estão começando do zero?
[Shinato]: Minha maior lição foi a resiliência. Eu literalmente
não tinha um “mizerávi” no bolso pra nada. Capas e ilustrações feitos por profissionais estavam fora de
cogitação. Procurei uma editora, uma vez, e quase tive que ser reanimado. Nem
meu computador funcionava na época. Foi um período bem complicado. Então, o
que eu fiz? Fui escrevendo até as coisas melhorarem um pouco e comecei a
improvisar.
Com o design dos personagens na minha cabeça, comecei a fazer os esboços
com IA. Aliás, a IA deixou o design de alguns até melhor do que eu tinha na
cabeça. A capa eu fiz com IA e editor de fotos. Tudo sempre, claro, com as
versões gratuitas desses aplicativos. Me esforcei pra deixar tudo como eu
queria, mas sabia que isso é só o “chamariz”, porque o conteúdo escrito é a
melhor parte do livro.
Quanto às dicas, dou uma emocional e uma técnica. A emocional é
não desistir da sua história. Se faltarem recursos, uma hora eles vão aparecer
e você vai ter um bom material em mãos pra apresentar ao público. A técnica, é
revisar, revisar e revisar. Até hoje eu pego alguns errinhos de português ou
qualquer outra coisa, nos meus arquivos. E me divirto revisando as histórias.
Quem quer fazer um trabalho de sucesso, precisa, primeiro ser o seu próprio
maior fã.
Perguntas sobre Literatura
[Blog Pense Repense]: Como você vê o papel da literatura na
sociedade atual quando as pessoas passam boa parte do dia nas redes sociais
vendo vídeos e memes?
[Shinato]: Infelizmente, não vejo como inserir a literatura no
meio dessas questões. Talvez haja esperança com os influencers que falam sobre
livros, que, por incrível que pareça, tenho encontrado cada vez mais. Mas, não
vejo como coisas que se misturam, no geral.
Hoje em dia, pouco se fala na importância que a literatura tem para a mente do
ser-humano. Seja um livro de história, uma fantasia, ou até um manual de
instruções. Tudo o que você lê, exercita seu cérebro. Tenho esperança de que,
em um futuro próximo, as pessoas se deem conta da importância de ler e
reservem, pelo menos, uns minutinhos pra isso.
[Blog Pense Repense]: Qual é a sua opinião sobre a importância da leitura para o desenvolvimento da
imaginação? Como você se inspira para suas histórias?
[Shinato]: Eu gosto de dizer que as mídias visuais te dão todo o
conteúdo “mastigado”, enquanto os livros te obrigam a pensar.
Adaptações cinematográficas de obras literárias nada mais são do que a
visualização da mente de alguém que leu, ou do próprio autor. Mesmo você tendo
a descrição do personagem, ou até vendo uma ilustração dele, as palavras ainda
vão te fazer imaginar pequenos detalhes. Por isso, sempre acho mais
interessante ler alguma obra, antes de ver a adaptação para mídia
visual. Além de aumentar o hype, o livro te dá detalhes que podem ter passado
despercebidos, e ainda te fazem imaginar como será que tudo aquilo funciona
visualmente.
Quanto às inspirações, eu tenho uma técnica bem peculiar, que
é: sair para caminhar sozinho, seja pra ir a algum lugar, ou só sair
andando. Eu sei que parece estranho, mas isso se dá por conta da
hiperatividade. Meu cérebro não para de pensar em nenhum momento. E quando eu
fico entediado, tenho a tendência de pensar detalhes para as minhas histórias.
Então, saio sozinho de casa, porque assim não tenho ninguém com quem falar,
acabo ficando entediado e tenho alguma ideia.
Eis a minha cabeça. Desculpe!
[Blog Pense Repense]: Existe algum autor ou autora brasileira contemporânea que você admira e que,
na sua opinião, está fazendo um trabalho excepcional ao trazer temas atuais
para a literatura?
[Shinato]: Pra ser sincero, eu pouco acompanho trabalhos de
autores atuais mais conhecidos. Na verdade, eu prefiro procurar justamente por
trabalhos de autores desconhecidos, como eu. Tem uma infinidade de livros na
Amazon, e, todos os dias, alguém publica algum trabalho lá.
Fico imaginando quantas histórias realmente boas estão escondidas no meio
desse amontoado de livros de autores desconhecidos. Claro que a gente também
pode se dar mal e cair em um livro feito por IA, mas, na minha opinião, vale o
risco. Os e-books são baratinhos e, volta e meia, se acha uma história a
altura da premissa. Acho muito legal apoiar o crescimento destes autores em
ascensão e encontrar essas maravilhas escondidas. Eu chamo isso de “garimpo
literário”.
[Blog Pense Repense]: Qual conselho você
daria para jovens que desejam se tornar escritores?
[Shinato]: Tenha sempre em mãos alguma coisa que possa se usar
para escrever, porque nunca se sabe a hora que a inspiração vai bater. Já
cansei de puxar meu celular pra escrever no ônibus, na fila do mercado, entre
outros lugares aleatórios.
E, claro, nunca desistir. Levar anos pra escrever uma história não é sinal de
fracasso, preguiça, ou falta de qualidade. Pelo contrário. Uma história
realmente boa leva tempo para ser feita. Outro conselho útil é ter um ”beta”
pra te ajudar com a correção. Hoje com as IA’s, também dá pra usar elas pra
ter uma avaliação mais detalhada de sua obra. Mesmo assim, o “beta” é
indispensável. Devemos lembrar de que a máquina auxilia, mas não substitui o
pensamento humano.
[Blog Pense Repense]: Se você
pudesse recomendar apenas um livro (que não fosse seu) que todo aspirante a
escritor deveria ler para entender melhor o ofício, qual seria e, mais
importante, o que ele ensina sobre a arte de escrever?
[Shinato]: Acho que, de acordo com a arte de escrever, não tem
livro melhor do que Sherlock Holmes. Nunca li um livro (nesse caso, uma série) que me deixou tão mergulhado na
leitura. Tinha vezes que eu levava dez minutos pra ler uma única página, pois
eu me imergia tão profundamente que era como se eu estivesse vendo a cena ao
vivo.
Na minha opinião, é o melhor exemplo de como a escolha certa de palavras e a
forma como o texto é moldado podem fazer a diferença para o leitor. Sem contar
que a tradução ficou impecável (não vou lembrar qual a editora que lançou os
que eu li). Por isso, é o que eu mais indico para as pessoas que querem
começar a ler e ter uma boa base de um texto correto, imersivo e bem
elaborado. Pelo menos, no gênero que eu gosto. Afinal, acredito que cada
pessoa se acerte com um gênero diferente, e aí, claro, vão haver referências
melhores.
Perguntas sobre Livros
[Blog Pense Repense]: Qual foi o último livro que você leu e por que o recomendaria?
[Shinato]: Faz alguns
dias que terminei de ler “Aleph: O Guerreiro Oculto” do Lucas
Martins. Recomendo ele pra quem curte mitologias, sátiras e referências à
cultura pop e à essas mesmas mitologias, aventura e comédia, principalmente
non-sense e sarcástica.
É uma leitura muito divertida. Tem um estilo de
narrativa semelhante a “O Guia do Mochileiro das Galáxias” e também me
lembrou um pouco aqueles filmes do Will Ferrell. Então, pra quem gosta do que
eu falei antes, e também “garimpa” autores em ascensão, recomendo muito. É
muito envolvente e criativo.
[Blog Pense Repense]: Você
é um leitor assíduo de livros digitais ou prefere os livros físicos?
[Shinato]: Como eu tinha mencionado, gosto de procurar coisas
desconhecidas. Então, tenho consumido mais mídias digitais, pois é onde a
maior parte dos autores em ascensão se concentram, e, infelizmente, por algum
motivo que eu não sei qual é, a Amazon não fabrica as cópias de autores
independentes no Brasil, o que torna as cópias físicas muito caras. Então, me
adaptei aos e-books sem problemas, com exceção dos mangás, que eu gosto de
colecionar.
[Blog Pense Repense]: Qual é o seu gênero
literário favorito para ler quando está de folga, e por que ele te agrada
tanto?
[Shinato]: Fantasia e comédia. O primeiro, por mexer com a
imaginação além da vida real. E o segundo, justamente porque estou de folga e
quero dar boas risadas. Ninguém merece uma pessoa de cara amarrada nas folgas
né? Se tiver os dois no mesmo livro, melhor ainda, né?
[Blog Pense Repense]: Quais são os três elementos que, na sua opinião, um livro precisa ter para
ser considerado "perfeito" ou uma leitura obrigatória?
[Shinato]: Personagens profundos, ambientação fiel ou original e
linha do tempo coerente.
Ter uma linha do tempo continuamente estável, sem pontas soltas, evita
a sensação de que algumas coisas “acontecem porque sim”.
A ambientação é fundamental, porque passa os fatores sobre os quais a
história vai correr. Ficaria estranho se, por exemplo, o personagem principal
percorresse os cenários da era vitoriana com uma moto voadora, a não ser que
você fale de viagem no tempo, ou escreva uma comédia “pastelão” mesmo.
E os personagens, costumo dizer que são o coração da história. Não
basta eles apenas existirem. Precisam ter uma personalidade e uma história por
trás daquelas atitudes (traumas, influências, hereditariedade,
condicionamento, temperamento, etc...). Algo que explique o porquê de o
personagem ser daquele jeito. Do contrário, falaríamos de uma história sobre
robôs ou clones.
[Blog Pense Repense]: Falando em
produção de conteúdo, como você organiza seu orçamento para comprar livros e
dar conta de tantas novidades, conciliando isso com a vida de escritor e fã da
cultura nerd?
[Shinato]: A verdade é que eu dificilmente consumo algum conteúdo
no momento em que ele é lançado. Eu quase sempre começo a assistir ou ler
alguma coisa depois de um tempo. A única tarefa difícil é fugir dos spoilers.
Mas sim, o orçamento é, com certeza, a parte mais difícil de organizar.
Como os e-books geralmente são mais em conta, eles não são exatamente um problema.
Até porque eu leio em um ritmo bem lento. Mas os mangás físicos são um pouco
mais complicados. Mesmo assim, não tenho pressa. Se não conseguir comprar
quando encontro em uma loja, procuro pela internet quando eu puder comprar.
Perguntas
sobre o Livro "Luz da Lua Cheia"
[Blog Pense Repense]: Sua obra é inspirada em narrativas japonesas, sendo descrita como semelhante
a uma light novel. Para quem não conhece, o que define uma light novel e por
que você sentiu que esse formato era o mais adequado para a história de
Hikari?
[Shinato]: Light novels são séries de livros lançados no
Japão, com foco nos textos, mas trazendo algumas ilustrações. Em geral, cada
livro é relativamente curto e as histórias são divididas em vários volumes.
Eles também se notabilizam por ter um texto de compreensão mais fácil, mas
isso se aplica mais para os próprios japoneses, que tem um sistema alfabético
bem mais complexo.
No meu caso, tentei adaptar esse estilo usando palavras
menos formais e mais conhecidas do maior público, pra não passar para o
leitor a sensação de estar lendo um processo judicial. Há algumas palavras
mais complicadinhas, mas evitei ao máximo usar. Até porque, a história tem um
público mais jovem como alvo e isso seria a melhor adaptação. Não por questão
intelectual, mas cultural. Ia ser estranho usar um texto no estilo de
Shakespeare pra retratar adolescentes contemporâneos. Pode discordar, mas eu
não acho que combine.
Quanto ao formato, minha intenção inicial era fazer algo semelhante a um
mangá, ou HQ. Mas não sei desenhar. Tanto que imaginava o design dos
personagens e os fazia por IA. Sem contar que duas das minhas obras favoritas
(Fate/zero e Mahou Shoujo Madoka Magica) falam sobre magia e são
no formato light novel.
São estilos de magia diferentes da que eu elaborei, mas ainda são uma grande
inspiração para o gênero em si.
[Blog Pense Repense]: O
ponto de partida da saga é quando Hikari, durante uma noite de lua cheia, tem
seus segredos mais profundos revelados, segredos que ela mesma desconhecia.
Qual é o motor temático por trás dessa revelação: é o destino, a
ancestralidade ou a própria identidade de Hikari?
[Shinato]: Dá pra dizer que tem um pouco dos três, mas se eu me
aprofundar em qualquer um, acabaria soltando um spoiler tremendo. O fato é que
a Hikari, a partir dali, conhece pessoas “semelhantes” a ela e inicia uma
jornada fantástica. No mais, o único segredo que posso dizer, é que, sim, a
história e a personagem principal têm sim, mais segredos escondidos.
[Blog Pense Repense]: O livro promete elementos de ação, aventura, suspense e drama, mas com uma
história fechada e sólida. Como você consegue manter a coerência narrativa e
a emoção alta ao misturar tantos gêneros em uma mesma obra?
[Shinato]: Como eu assisto vários animes diferentes desde a
infância, não foi difícil pra mim, porque a maioria das obras que eu assistia
e assisto até hoje têm esses elementos juntos. Talvez a parte do suspense
tenha sido a parte mais complicada, porque eu tenho ela como uma parte
fundamental da história. Principalmente as respostas dos enigmas.
Não acho que um mistério precise durar a série toda pra gerar uma revelação
impactante, mas a resolução precisa ser coesa, consistente e compreensível.
Mas o mais difícil mesmo foi a parte da linha do tempo. Perdi as contas de
quantas vezes li, reli e corrigi tudo, ajustando a linha do tempo pra que nada
ficasse fora de ordem ou incoerente com algum fato. E, óbvio, alguns desses
elementos não aparecem, ou aparecem de forma mais sutil, no volume 1, que
serve mais como uma apresentação da forma de worldbuilding usada na
história.
[Blog Pense Repense]: Você já tem toda a
série de Luz da lua cheia concluída. Qual é a maior vantagem, para o autor, em
ter a história toda planejada antes de começar a publicação do primeiro
volume?
[Shinato]: Fazer o planejamento orçamentário e definir os prazos
para os lançamentos dos volumes seguintes. Sem contar a possibilidade de
trabalhar em um novo projeto, enquanto o primeiro está arquivado, só esperando
pra ser lançado. Sem contar que você ainda tem uma última chance de notar uma
inconsistência e a corrigir.
[Blog Pense Repense]: O
livro convida o leitor a "descobrir os segredos que a maioria das pessoas não
conhecem". Se você pudesse definir a série em apenas uma palavra para
convencer um fã de anime a ler, qual seria e por quê?
[Shinato]: Emoção. Não adianta apenas escrever de forma técnica.
Quem escreve precisa sentir o que o personagem sentiria na situação da cena em
que ele está. E isso eu posso me orgulhar de dizer que consegui passar para o
papel.
Já me emocionei com o final de alguns personagens que eu mesmo escrevi. Já
fiquei naquela situação onde eu estava corrigindo algum capítulo e, de
repente, me peguei pensando “cara! Como eu tive coragem de fazer isso com o
personagem?”. Cheguei até a me xingar! Mas não só sobre isso. Fiz de tudo para
passar emoção em cada passagem. Nas passagens de comédia, de ação, de drama,
de suspense e até nos diálogos rotineiros. Por isso, posso dizer, com certeza,
que não falta emoção. Pode até desagradar por alguma outra coisa. Sempre vai
depender do gosto do leitor, e isso é normal. Mas, pode ter certeza de que
emoção não falta.
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Uhuuu, que entrevista incrível! Shinato é um escritor maravilhoso, já li Luz da Lua Cheia e posso dizer que mal posso esperar pra ele lançar o volume 2 hehe é bom demais!!!
Gente, eu estou tão ansiosa pra ler a obra de vocês 😭 ✨️ só ouço maravilhas e minha ansiedade só aumenta!! Vocês são incríveis (Shinato, Aline e Lucas), por enquanto estou acompanhando as leituras no skoob 🤭 stalker kkk Aliás, salve skoob que encontrei vocês 🌷
Também só tenho a agradecer a vocês, pelas dicas, visibilidade e o interesse no meu trabalho. Vocês 3 são demais! Obrigado também ao Skoob que possibilitou a criação dessa "turminha" rs
Se depender de mim vamos bombar esse livro!! Obras originais precisam de destaque, abrir a Amazon, por exemplo, da até desânimo de tanta copia mal feita. Pior, fui levar meu exemplar ASCENDENTE para a minha tia, que trabalha no shopping e tem o privilégio de trabalhar em frente à Livrarias Curitiba, passei para conferir as novidades e parecia que eu estava olhando a Amazon 😶🌫️
Opa, Aline! 101 comentários kkkkkkk... não é porque a entrevista foi comigo, mas ficou boa demais, como outras que eu já tinha lido. Prometo que você não vai se arrepender em ler o meu trabalho, como eu sei que não vou com o seu. "Ascendente" já é um dos próximos (senão o próximo, já esqueci a ordem XD) na minha lista. Sucesso sempre e sinta-se a vontade para comparecer no meu blog quando quiser! Até já te mencionei algumas vezes (boas menções, juro xp)
Achou que estava cheio de comentários né kkk desculpa, brincadeira da paz 🤭🙈 . Verdade eu preciso tirar um tempo para ler seu blog e conferir minhas menções 😌 Obrigada adiantado 🥰 Só te desejo sucesso com a sua obra e seus trabalhos futuros. Eu também sempre estou garimpando e estou gostando muito de ter conhecido vocês, foi um grande achado, sério! Obrigada por aceitar o convite e volte mais vezes com os próximos lançamentos 🥰
Primeiramente obrigada pela visita, se expresse sobre essa postagem deixando o seu comentário aqui:
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Uhuuu, que entrevista incrível! Shinato é um escritor maravilhoso, já li Luz da Lua Cheia e posso dizer que mal posso esperar pra ele lançar o volume 2 hehe é bom demais!!!
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ExcluirTambém só tenho a agradecer a vocês, pelas dicas, visibilidade e o interesse no meu trabalho. Vocês 3 são demais! Obrigado também ao Skoob que possibilitou a criação dessa "turminha" rs
ExcluirSe depender de mim vamos bombar esse livro!! Obras originais precisam de destaque, abrir a Amazon, por exemplo, da até desânimo de tanta copia mal feita. Pior, fui levar meu exemplar ASCENDENTE para a minha tia, que trabalha no shopping e tem o privilégio de trabalhar em frente à Livrarias Curitiba, passei para conferir as novidades e parecia que eu estava olhando a Amazon 😶🌫️
ExcluirOpa, Aline! 101 comentários kkkkkkk... não é porque a entrevista foi comigo, mas ficou boa demais, como outras que eu já tinha lido. Prometo que você não vai se arrepender em ler o meu trabalho, como eu sei que não vou com o seu. "Ascendente" já é um dos próximos (senão o próximo, já esqueci a ordem XD) na minha lista. Sucesso sempre e sinta-se a vontade para comparecer no meu blog quando quiser! Até já te mencionei algumas vezes (boas menções, juro xp)
ResponderExcluirAchou que estava cheio de comentários né kkk desculpa, brincadeira da paz 🤭🙈 . Verdade eu preciso tirar um tempo para ler seu blog e conferir minhas menções 😌 Obrigada adiantado 🥰 Só te desejo sucesso com a sua obra e seus trabalhos futuros. Eu também sempre estou garimpando e estou gostando muito de ter conhecido vocês, foi um grande achado, sério! Obrigada por aceitar o convite e volte mais vezes com os próximos lançamentos 🥰
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