Entrevista com o Escritor Shinato


Hoje, mergulhamos no universo vibrante da Fantasia e da cultura nerd com um autor que prefere se manter no anonimato: Shinato.

Desde a infância, Shinato cultiva uma paixão profunda por animes, mangás e light novels, transformando essa inspiração em uma narrativa original com forte influência japonesa, mas criada no Brasil. Sua jornada na escrita começou em 2020, como uma forma criativa de dar vida às histórias que "animava" em sua mente.

Em nossa conversa exclusiva, Shinato nos apresenta o primeiro volume da série "Luz da lua cheia". A obra, que mistura ação, aventura e drama, acompanha a adolescente Hikari, cuja vida muda radicalmente após um estranho incidente sob a lua cheia.

Nesta entrevista, ele revela como sua pesquisa aprofundada sobre a geocultura, incluindo detalhes como horários escolares e licença-maternidade, é essencial para dar realismo social aos cenários fictícios da saga. Descubra como o estudo detalhado se fundiu para criar uma das séries de fantasia mais promissoras da literatura nacional.

Biografia do escritor


Pseudônimo de um escritor brasileiro do gênero fictício que, pelo menos por hora, prefere se manter anônimo.

Desde a infância, tomou gosto por diversos elementos da cultura nerd. Em especial, pelo nicho de animes, mangás e light novels, o que apenas se fortaleceu com o tempo, sempre expressando preferência por narrativas repletas de ação, fantasia e drama.

Outra paixão e foco de curiosidade do autor, eram questões relacionadas à geocultura dos mais diversos países, o que acabou tornando-se útil para a montagem das obras escritas e em andamento, mantendo atualizados seus campos de estudo para retratar da melhor maneira possível os cenários de fundo das suas histórias.

Iniciou os manuscritos da série "Luz da Lua Cheia" em 2020, como forma de expor sua criatividade gerada por pequenos detalhes presentes em grandes momentos de tédio. Foi também a maneira de driblar a falta de habilidade com o lápis para realizar desenhos, narrando detalhadamente a história que "animou" em sua cabeça.

Em julho de 2025, concluiu a publicação do primeiro volume da série "Luz da Lua Cheia", tendo recursos limitados disponíveis para a diagramação e a conclusão do manuscrito da obra, sendo utilizada até mesmo as ferramentas de notas do celular para os primeiros rascunhos.

Atualmente, dá andamento a novos projetos, possuindo toda a série "Luz da Lua Cheia" concluída, havendo a intenção de continuar publicando a saga.


Sinopse Luz da Lua Cheia


”... foi nessa situação apavorante, que seus segredos mais profundos foram revelados. Tão profundos, que a própria garota os desconhecia."

Este é o ponto de partida da saga intitulada “Luz da Lua Cheia”. A série de livros trará uma narrativa inspirada nas clássicas histórias japonesas presentes em animes e mangás, descrita pelo ponto de vista de um autor que encontrou na escrita a forma de expor sua criatividade e compensar sua falta de habilidade com desenhos feitos à mão, resultando em uma obra semelhante às também famosas light novels.

A história tem como foco principal o cotidiano de uma adolescente chamada Hikari, que após um estranho incidente durante uma noite de lua cheia, vê sua vida tomar um rumo inacreditável. A partir de então, a jovem terá de aprender a conviver com sua nova realidade, encarando não só o resultado da nova descoberta desta sombria noite, como também das demais surpresas relacionadas, sobre as quais tomava conhecimento pelo caminho.

”Luz da Lua Cheia” traz uma história fechada e sólida, com elementos de ação, aventura, suspense e drama, além de outros gêneros fora do enfoque principal, preparados especialmente para imergir o leitor e mexer com suas emoções.

Descubra você também os segredos que a maioria das pessoas não conhecem!



Perguntas Pessoais


[Blog Pense Repense]: Você optou por usar o pseudônimo Shinato e se manter anônimo. Por que foi importante para você separar sua identidade pessoal de sua vida como escritor e manter esse mistério para o público? 

[Shinato]: Foi mais porque sou muito retraído. Não consigo imaginar meu rosto sendo divulgado por aí, por menor que seja a divulgação. E como eu gosto de pensar que é possível alcançar um patamar maior, não sei se me sentiria confortável lidando com o público. 

Fui diagnosticado com TEA nível 1 de suporte e tenho bastante dificuldade de interação social. Eu sei que não parece, quando faço essas entrevistas, ou com os meus artigos lá no blog, mas é porque assim é mais fácil pra mim. Consigo conversar, mas de início sou bem diferente no trato social pessoalmente.


[Blog Pense Repense]: Você cresceu com paixão pela cultura nerd, especialmente animes, mangás e light novels. Qual foi o primeiro anime ou mangá que despertou em você o desejo de criar suas próprias narrativas de fantasia e ação? 

[Shinato]: Sendo bem honesto, não lembro de estar assistindo alguma coisa específica quando me bateu a inspiração. Eu conto, lá no blog, que isso aconteceu em uma situação bem espontânea. Tipo, foi do nada, mesmo! Mas, pro desenvolvimento e a temática da história, claro que tive minhas inspirações. 

O tema “magia” sempre me chamou muito a atenção, e uma obra que eu amo e sempre cito como inspiração é Fate/Zero, que tem um tom mais sombrio, o que também é do meu gosto. Outra coisa que me deixa fascinado são histórias com várias reviravoltas e personagens aprofundados. Nesse quesito, cito Fullmetal Alchmist como minha principal inspiração.


[Blog Pense Repense]: Você menciona que a série "Luz da Lua Cheia" nasceu como uma forma de driblar a falta de habilidade com o lápis e "animar" em palavras as histórias que tinha na cabeça. O que a escrita consegue entregar em termos de detalhe e imersão que o desenho não conseguiria, na sua opinião? 

[Shinato]: Acredito que a obra escrita dá à quem consome uma maior possibilidade de formar uma opinião sobre a história. Em uma imagem, você vê o que está acontecendo, mas em uma narrativa, várias passagens têm uma interpretação ambígua. Mexe mais com a sua imaginação. 

Sem contar que, na escrita, você pode deixar detalhes implícitos, que não seria possível deixar em um quadrinho. Mas, acredito que ambos têm suas vantagens e desvantagens entre si.


[Blog Pense Repense]: Você estuda a geocultura de diversos países para montar seus cenários. Como essa paixão por geografia e cultura se manifesta na série "Luz da Lua Cheia", e qual foi o país/local mais desafiador de pesquisar para o seu primeiro volume? 

[Shinato]: No caso, eu só pesquisei sobre o Japão, claro, já que a história é toda ambientada como um anime tradicional. Claro que usei alguns estereótipos da cultura pop local, para dar a cara de uma obra do tipo, mas fiz todo o possível para precisar usar o mínimo deles. 

No mais, pesquisei todo detalhe aleatório que você possa imaginar, pra evitar qualquer inconsistência. Mas, tipo... todo mesmo! Desde o calendário escolar, até rotinas organizacionais e, até mesmo, o tempo de licença maternidade! Deu trabalho, mas foi bem divertido. Entretanto, ainda que me baseando na geocultura japonesa, todas as cidades que aparecem na obra são fictícias. No mais, vou evitar de falar, porque estou estudando outros países para meus próximos trabalhos. Então, seria spoiler.


[Blog Pense Repense]: O primeiro volume de "Luz da Lua Cheia" foi concluído com recursos limitados, usando até mesmo as ferramentas de notas do celular. Qual é a maior lição que você tira dessa jornada de publicação independente e quais dicas daria para autores que estão começando do zero? 

[Shinato]: Minha maior lição foi a resiliência. Eu literalmente não tinha um “mizerávi” no bolso pra nada. Capas e ilustrações feitos por profissionais estavam fora de cogitação. Procurei uma editora, uma vez, e quase tive que ser reanimado. Nem meu computador funcionava na época. Foi um período bem complicado. Então, o que eu fiz? Fui escrevendo até as coisas melhorarem um pouco e comecei a improvisar. 

Com o design dos personagens na minha cabeça, comecei a fazer os esboços com IA. Aliás, a IA deixou o design de alguns até melhor do que eu tinha na cabeça. A capa eu fiz com IA e editor de fotos. Tudo sempre, claro, com as versões gratuitas desses aplicativos. Me esforcei pra deixar tudo como eu queria, mas sabia que isso é só o “chamariz”, porque o conteúdo escrito é a melhor parte do livro. 

Quanto às dicas, dou uma emocional e uma técnica. A emocional é não desistir da sua história. Se faltarem recursos, uma hora eles vão aparecer e você vai ter um bom material em mãos pra apresentar ao público. A técnica, é revisar, revisar e revisar. Até hoje eu pego alguns errinhos de português ou qualquer outra coisa, nos meus arquivos. E me divirto revisando as histórias. Quem quer fazer um trabalho de sucesso, precisa, primeiro ser o seu próprio maior fã.

Perguntas sobre Literatura


[Blog Pense Repense]: Como você vê o papel da literatura na sociedade atual quando as pessoas passam boa parte do dia nas redes sociais vendo vídeos e memes? 

[Shinato]: Infelizmente, não vejo como inserir a literatura no meio dessas questões. Talvez haja esperança com os influencers que falam sobre livros, que, por incrível que pareça, tenho encontrado cada vez mais. Mas, não vejo como coisas que se misturam, no geral. 

Hoje em dia, pouco se fala na importância que a literatura tem para a mente do ser-humano. Seja um livro de história, uma fantasia, ou até um manual de instruções. Tudo o que você lê, exercita seu cérebro. Tenho esperança de que, em um futuro próximo, as pessoas se deem conta da importância de ler e reservem, pelo menos, uns minutinhos pra isso.


[Blog Pense Repense]: Qual é a sua opinião sobre a importância da leitura para o desenvolvimento da imaginação? Como você se inspira para suas histórias? 

[Shinato]: Eu gosto de dizer que as mídias visuais te dão todo o conteúdo “mastigado”, enquanto os livros te obrigam a pensar. Adaptações cinematográficas de obras literárias nada mais são do que a visualização da mente de alguém que leu, ou do próprio autor. Mesmo você tendo a descrição do personagem, ou até vendo uma ilustração dele, as palavras ainda vão te fazer imaginar pequenos detalhes. Por isso, sempre acho mais interessante ler alguma obra, antes de ver a adaptação para mídia visual. Além de aumentar o hype, o livro te dá detalhes que podem ter passado despercebidos, e ainda te fazem imaginar como será que tudo aquilo funciona visualmente. 

Quanto às inspirações, eu tenho uma técnica bem peculiar, que é: sair para caminhar sozinho, seja pra ir a algum lugar, ou só sair andando. Eu sei que parece estranho, mas isso se dá por conta da hiperatividade. Meu cérebro não para de pensar em nenhum momento. E quando eu fico entediado, tenho a tendência de pensar detalhes para as minhas histórias. Então, saio sozinho de casa, porque assim não tenho ninguém com quem falar, acabo ficando entediado e tenho alguma ideia. Eis a minha cabeça. Desculpe!


[Blog Pense Repense]: Existe algum autor ou autora brasileira contemporânea que você admira e que, na sua opinião, está fazendo um trabalho excepcional ao trazer temas atuais para a literatura? 

[Shinato]: Pra ser sincero, eu pouco acompanho trabalhos de autores atuais mais conhecidos. Na verdade, eu prefiro procurar justamente por trabalhos de autores desconhecidos, como eu. Tem uma infinidade de livros na Amazon, e, todos os dias, alguém publica algum trabalho lá. 

Fico imaginando quantas histórias realmente boas estão escondidas no meio desse amontoado de livros de autores desconhecidos. Claro que a gente também pode se dar mal e cair em um livro feito por IA, mas, na minha opinião, vale o risco. Os e-books são baratinhos e, volta e meia, se acha uma história a altura da premissa. Acho muito legal apoiar o crescimento destes autores em ascensão e encontrar essas maravilhas escondidas. Eu chamo isso de “garimpo literário”.

[Blog Pense Repense]: Qual conselho você daria para jovens que desejam se tornar escritores? 

[Shinato]: Tenha sempre em mãos alguma coisa que possa se usar para escrever, porque nunca se sabe a hora que a inspiração vai bater. Já cansei de puxar meu celular pra escrever no ônibus, na fila do mercado, entre outros lugares aleatórios

E, claro, nunca desistir. Levar anos pra escrever uma história não é sinal de fracasso, preguiça, ou falta de qualidade. Pelo contrário. Uma história realmente boa leva tempo para ser feita. Outro conselho útil é ter um ”beta” pra te ajudar com a correção. Hoje com as IA’s, também dá pra usar elas pra ter uma avaliação mais detalhada de sua obra. Mesmo assim, o “beta” é indispensável. Devemos lembrar de que a máquina auxilia, mas não substitui o pensamento humano.


[Blog Pense Repense]: Se você pudesse recomendar apenas um livro (que não fosse seu) que todo aspirante a escritor deveria ler para entender melhor o ofício, qual seria e, mais importante, o que ele ensina sobre a arte de escrever? 

[Shinato]: Acho que, de acordo com a arte de escrever, não tem livro melhor do que Sherlock Holmes. Nunca li um livro (nesse caso, uma série) que me deixou tão mergulhado na leitura. Tinha vezes que eu levava dez minutos pra ler uma única página, pois eu me imergia tão profundamente que era como se eu estivesse vendo a cena ao vivo. 

Na minha opinião, é o melhor exemplo de como a escolha certa de palavras e a forma como o texto é moldado podem fazer a diferença para o leitor. Sem contar que a tradução ficou impecável (não vou lembrar qual a editora que lançou os que eu li). Por isso, é o que eu mais indico para as pessoas que querem começar a ler e ter uma boa base de um texto correto, imersivo e bem elaborado. Pelo menos, no gênero que eu gosto. Afinal, acredito que cada pessoa se acerte com um gênero diferente, e aí, claro, vão haver referências melhores.

Perguntas sobre Livros


[Blog Pense Repense]: Qual foi o último livro que você leu e por que o recomendaria? 

[Shinato]: Faz alguns dias que terminei de ler Aleph: O Guerreiro Oculto do Lucas Martins. Recomendo ele pra quem curte mitologias, sátiras e referências à cultura pop e à essas mesmas mitologias, aventura e comédia, principalmente non-sense e sarcástica

É uma leitura muito divertida. Tem um estilo de narrativa semelhante a “O Guia do Mochileiro das Galáxias” e também me lembrou um pouco aqueles filmes do Will Ferrell. Então, pra quem gosta do que eu falei antes, e também “garimpa” autores em ascensão, recomendo muito. É muito envolvente e criativo.

[Blog Pense Repense]: Você é um leitor assíduo de livros digitais ou prefere os livros físicos? 

[Shinato]: Como eu tinha mencionado, gosto de procurar coisas desconhecidas. Então, tenho consumido mais mídias digitais, pois é onde a maior parte dos autores em ascensão se concentram, e, infelizmente, por algum motivo que eu não sei qual é, a Amazon não fabrica as cópias de autores independentes no Brasil, o que torna as cópias físicas muito caras. Então, me adaptei aos e-books sem problemas, com exceção dos mangás, que eu gosto de colecionar.

[Blog Pense Repense]: Qual é o seu gênero literário favorito para ler quando está de folga, e por que ele te agrada tanto? 

[Shinato]: Fantasia e comédia. O primeiro, por mexer com a imaginação além da vida real. E o segundo, justamente porque estou de folga e quero dar boas risadas. Ninguém merece uma pessoa de cara amarrada nas folgas né? Se tiver os dois no mesmo livro, melhor ainda, né?

[Blog Pense Repense]: Quais são os três elementos que, na sua opinião, um livro precisa ter para ser considerado "perfeito" ou uma leitura obrigatória? 

[Shinato]: Personagens profundos, ambientação fiel ou original e linha do tempo coerente. 

Ter uma linha do tempo continuamente estável, sem pontas soltas, evita a sensação de que algumas coisas “acontecem porque sim”. 

A ambientação é fundamental, porque passa os fatores sobre os quais a história vai correr. Ficaria estranho se, por exemplo, o personagem principal percorresse os cenários da era vitoriana com uma moto voadora, a não ser que você fale de viagem no tempo, ou escreva uma comédia “pastelão” mesmo. 

E os personagens, costumo dizer que são o coração da história. Não basta eles apenas existirem. Precisam ter uma personalidade e uma história por trás daquelas atitudes (traumas, influências, hereditariedade, condicionamento, temperamento, etc...). Algo que explique o porquê de o personagem ser daquele jeito. Do contrário, falaríamos de uma história sobre robôs ou clones.

[Blog Pense Repense]: Falando em produção de conteúdo, como você organiza seu orçamento para comprar livros e dar conta de tantas novidades, conciliando isso com a vida de escritor e fã da cultura nerd? 

[Shinato]: A verdade é que eu dificilmente consumo algum conteúdo no momento em que ele é lançado. Eu quase sempre começo a assistir ou ler alguma coisa depois de um tempo. A única tarefa difícil é fugir dos spoilers. Mas sim, o orçamento é, com certeza, a parte mais difícil de organizar. Como os e-books geralmente são mais em conta, eles não são exatamente um problema. Até porque eu leio em um ritmo bem lento. Mas os mangás físicos são um pouco mais complicados. Mesmo assim, não tenho pressa. Se não conseguir comprar quando encontro em uma loja, procuro pela internet quando eu puder comprar.

Perguntas sobre o Livro
"Luz da Lua Cheia"


[Blog Pense Repense]: Sua obra é inspirada em narrativas japonesas, sendo descrita como semelhante a uma light novel. Para quem não conhece, o que define uma light novel e por que você sentiu que esse formato era o mais adequado para a história de Hikari? 

[Shinato]: Light novels são séries de livros lançados no Japão, com foco nos textos, mas trazendo algumas ilustrações. Em geral, cada livro é relativamente curto e as histórias são divididas em vários volumes. Eles também se notabilizam por ter um texto de compreensão mais fácil, mas isso se aplica mais para os próprios japoneses, que tem um sistema alfabético bem mais complexo. 

No meu caso, tentei adaptar esse estilo usando palavras menos formais e mais conhecidas do maior público, pra não passar para o leitor a sensação de estar lendo um processo judicial. Há algumas palavras mais complicadinhas, mas evitei ao máximo usar. Até porque, a história tem um público mais jovem como alvo e isso seria a melhor adaptação. Não por questão intelectual, mas cultural. Ia ser estranho usar um texto no estilo de Shakespeare pra retratar adolescentes contemporâneos. Pode discordar, mas eu não acho que combine. 

Quanto ao formato, minha intenção inicial era fazer algo semelhante a um mangá, ou HQ. Mas não sei desenhar. Tanto que imaginava o design dos personagens e os fazia por IA. Sem contar que duas das minhas obras favoritas (Fate/zero e Mahou Shoujo Madoka Magica) falam sobre magia e são no formato light novel

São estilos de magia diferentes da que eu elaborei, mas ainda são uma grande inspiração para o gênero em si.

[Blog Pense Repense]: O ponto de partida da saga é quando Hikari, durante uma noite de lua cheia, tem seus segredos mais profundos revelados, segredos que ela mesma desconhecia. Qual é o motor temático por trás dessa revelação: é o destino, a ancestralidade ou a própria identidade de Hikari

[Shinato]: Dá pra dizer que tem um pouco dos três, mas se eu me aprofundar em qualquer um, acabaria soltando um spoiler tremendo. O fato é que a Hikari, a partir dali, conhece pessoas “semelhantes” a ela e inicia uma jornada fantástica. No mais, o único segredo que posso dizer, é que, sim, a história e a personagem principal têm sim, mais segredos escondidos.

[Blog Pense Repense]: O livro promete elementos de ação, aventura, suspense e drama, mas com uma história fechada e sólida. Como você consegue manter a coerência narrativa e a emoção alta ao misturar tantos gêneros em uma mesma obra? 

[Shinato]: Como eu assisto vários animes diferentes desde a infância, não foi difícil pra mim, porque a maioria das obras que eu assistia e assisto até hoje têm esses elementos juntos. Talvez a parte do suspense tenha sido a parte mais complicada, porque eu tenho ela como uma parte fundamental da história. Principalmente as respostas dos enigmas

Não acho que um mistério precise durar a série toda pra gerar uma revelação impactante, mas a resolução precisa ser coesa, consistente e compreensível. Mas o mais difícil mesmo foi a parte da linha do tempo. Perdi as contas de quantas vezes li, reli e corrigi tudo, ajustando a linha do tempo pra que nada ficasse fora de ordem ou incoerente com algum fato. E, óbvio, alguns desses elementos não aparecem, ou aparecem de forma mais sutil, no volume 1, que serve mais como uma apresentação da forma de worldbuilding usada na história.

[Blog Pense Repense]: Você já tem toda a série de Luz da lua cheia concluída. Qual é a maior vantagem, para o autor, em ter a história toda planejada antes de começar a publicação do primeiro volume? 

[Shinato]: Fazer o planejamento orçamentário e definir os prazos para os lançamentos dos volumes seguintes. Sem contar a possibilidade de trabalhar em um novo projeto, enquanto o primeiro está arquivado, só esperando pra ser lançado. Sem contar que você ainda tem uma última chance de notar uma inconsistência e a corrigir.

[Blog Pense Repense]: O livro convida o leitor a "descobrir os segredos que a maioria das pessoas não conhecem". Se você pudesse definir a série em apenas uma palavra para convencer um fã de anime a ler, qual seria e por quê? 

[Shinato]: Emoção. Não adianta apenas escrever de forma técnica. Quem escreve precisa sentir o que o personagem sentiria na situação da cena em que ele está. E isso eu posso me orgulhar de dizer que consegui passar para o papel. 

Já me emocionei com o final de alguns personagens que eu mesmo escrevi. Já fiquei naquela situação onde eu estava corrigindo algum capítulo e, de repente, me peguei pensando “cara! Como eu tive coragem de fazer isso com o personagem?”. Cheguei até a me xingar! Mas não só sobre isso. Fiz de tudo para passar emoção em cada passagem. Nas passagens de comédia, de ação, de drama, de suspense e até nos diálogos rotineiros. Por isso, posso dizer, com certeza, que não falta emoção. Pode até desagradar por alguma outra coisa. Sempre vai depender do gosto do leitor, e isso é normal. Mas, pode ter certeza de que emoção não falta.




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Comentários

  1. Uhuuu, que entrevista incrível! Shinato é um escritor maravilhoso, já li Luz da Lua Cheia e posso dizer que mal posso esperar pra ele lançar o volume 2 hehe é bom demais!!!

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    1. Gente, eu estou tão ansiosa pra ler a obra de vocês 😭 ✨️ só ouço maravilhas e minha ansiedade só aumenta!! Vocês são incríveis (Shinato, Aline e Lucas), por enquanto estou acompanhando as leituras no skoob 🤭 stalker kkk Aliás, salve skoob que encontrei vocês 🌷

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    2. Também só tenho a agradecer a vocês, pelas dicas, visibilidade e o interesse no meu trabalho. Vocês 3 são demais! Obrigado também ao Skoob que possibilitou a criação dessa "turminha" rs

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    3. Se depender de mim vamos bombar esse livro!! Obras originais precisam de destaque, abrir a Amazon, por exemplo, da até desânimo de tanta copia mal feita. Pior, fui levar meu exemplar ASCENDENTE para a minha tia, que trabalha no shopping e tem o privilégio de trabalhar em frente à Livrarias Curitiba, passei para conferir as novidades e parecia que eu estava olhando a Amazon 😶‍🌫️

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  2. Opa, Aline! 101 comentários kkkkkkk... não é porque a entrevista foi comigo, mas ficou boa demais, como outras que eu já tinha lido. Prometo que você não vai se arrepender em ler o meu trabalho, como eu sei que não vou com o seu. "Ascendente" já é um dos próximos (senão o próximo, já esqueci a ordem XD) na minha lista. Sucesso sempre e sinta-se a vontade para comparecer no meu blog quando quiser! Até já te mencionei algumas vezes (boas menções, juro xp)

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    1. Achou que estava cheio de comentários né kkk desculpa, brincadeira da paz 🤭🙈 . Verdade eu preciso tirar um tempo para ler seu blog e conferir minhas menções 😌 Obrigada adiantado 🥰 Só te desejo sucesso com a sua obra e seus trabalhos futuros. Eu também sempre estou garimpando e estou gostando muito de ter conhecido vocês, foi um grande achado, sério! Obrigada por aceitar o convite e volte mais vezes com os próximos lançamentos 🥰

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