Doce Espera: diário da mamãe e do bebê

[Texto] Manual de Sobrevivência

Olá leitores pensativos,

Hoje vou falar um pouco sobre minhas experiências, eu passei por tanta coisa que hoje paro para pensar sobre tudo e me imagino como uma anciã. Cada processo ruim que passei na minha vida eu consigo tirar uma lição, pois vejo de uma forma mais clara, de certa forma, o que aconteceu; como se eu visse de um outro ponto de vista agora. Às vezes até digo para mim mesma: poxa, nem foi toda aquela tempestade que parecia ser.

Isso, por ventura, me ajuda a viver melhor, a tomar as melhores decisões e ver além das entrelinhas. E quero compartilhar um pouco dessas experiências com vocês e quem sabe ajudar alguém com algum problema que parece ser difícil resolver, e quem sabe até alguma fase da vida que parece não ter saída.

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"Nenhum sofrimento é eterno"

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Você já deve ter ouvido muito sobre essa curta frase, pode até ser difícil de enxergar quando os problemas estão te sufocando, mas acredite: ela está certa! E que a vida é feita de fases boas e ruins, é fato e precisamos aceitar isso. 

Então diante dessas duas afirmações sabemos que vamos ter de lidar com altos e baixos durante a vida, mas que nenhum deles é eterno, ou seja, saber e entender isso já dissipa aquela ansiedade que bate diante de um problema, "e agora o que eu vou fazer?".

Posso afirmar que minha vida — uma boa parte dela — teria sido muito mais aproveitada se eu soubesse disso antes, me desesperaria menos diante de um problema e com certeza seria menos afetada por ele, assim encontrando uma forma de solucioná-lo mais rápido e eficaz. Mas a vida me ensinou e eu aprendi, e hoje lido melhor com as adversidades.

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DESAPEGO

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Outro ponto importante é a arte do desapego, pois "gente desapegada sofre menos e vive mais". Essa frase é a confirmação do que vivi.

Quanto tempo gastamos porque nos apegamos a coisas e pessoas que não nos acrescenta, muito pelo contrário, nos subtrai tempo, paciência e dinheiro que poderia ser investido muito bem em qualquer outra coisa.

Um relacionamento fracassado, brigas em família desnecessárias, estudo que não tem nada a ver com o que você, emprego que não satisfaz ou o salário baixo, e a lista segue longa.

Infelizmente passei por tudo isso e mais um pouco, mas mesmo passando por muitos outros problemas que vieram junto, eu encontrei meu verdadeiro destino e o segui, desapegando daquilo que era apenas peso morto.

Objetos e roupas que eu guardava com o pensamento de que um dia eu poderia precisar. Pessoas que há muito tempo eu não conversava, mas tinha o contato salvo ou em alguma rede social imaginando que algum dia fôssemos voltar a conversar (alguns até voltavam, mas pedindo algum favor).

 → Dicas de desapego para sua casa

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RELACIONAMENTO

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É de nossa natureza querer encontrar alguém para ser nosso par, nos dar amor, carinho e nos satisfazer amorosa e fisicamente, mas por diversos motivos as pessoas confundem o que sentem, talvez por algum trauma de infância, ou qualquer outro motivo inexplicável e acabam se sujeitando a um relacionamento infeliz, sem o mínimo que ele precisa para sobreviver como alguns exemplos: amizade, companheirismo, amor romântico e química. Resultando em uma vida de tristeza e muitas vezes de aparências.

Pior ainda que a pessoa que vive uma vida assim, é a pessoa que provoca isso chantageando, manipulando e até coisa pior. Não se sabe ao certo porque fazem o que fazem, mas em alguns casos precisam de acompanhamento médico.

Há vários nomes, fatos e exemplos no mundo todo para distinguir um relacionamento saudável de um tóxico, mas não é algo fácil de se fazer, pois quando se percebe já está dentro. É como a areia movediça, quanto mais tentar sair mais será devorado por ela, é preciso ser forte para quando decidir sair; às vezes será preciso ajuda de alguém de fora, não hesite. Se for preciso chamar a vizinha, a polícia, a S.W.A.T., chame!

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FAMÍLIA 

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Não importa o tamanho do problema, família é família, e a partir desse pensamento surgem várias linhas de pensamento do porquê brigamos.

Desde pequenos somos ensinados a respeitar o mais próximo e principalmente os mais velhos, mas somos respeitados por sermos "o próximo"? Às vezes não, e por isso muitos entram em conflito com pais, avós e tios, por perceberem que não são dignos de respeito, seja por uma palavra dita ou forma de agir.

Os mais novos precisam de um norte, isso é fato, mas nem sempre são interpretados da forma certa acarretando uma lista de problemas e discussões um tanto infantis. Querer impor um estilo de vida antigo e morto é diferente de dar "um norte" a um jovem.

Conflitos de interesse é um problema de família, onde um quer que você siga algo, outro quer outra coisa e você nem sabe o que seguir. Isso aconteceu comigo e eu era a pessoinha no meio desse cabo de guerra de interesses distintos. Eu não tinha um norte, nem sabia o que queria, tinha apenas uma lista enorme do que não seguir e do que não fazer, mas nenhuma do que fazer.

Questão financeira atrapalha muitas famílias também. Deveria vir no manual de instruções da vida — se tivesse um — jamais, em hipótese alguma comprar, vender, dever, depender, montar sociedade, fazer negócio ou qualquer coisa que trate de dinheiro com família.

Então resumindo, família é família e apenas isso, é um laço de sangue e você visita nos finais de semana, mas nada além disso.

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Lembrando que esse texto foi baseado em minhas experiências, não sou médica, psicóloga, orientadora, influenciadora, nem nada do gênero, e o que expus aqui não deve ser levado ao pé da letra.


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