[Divulgação] ASCENDENTE - Quote

Olá leitores pensativos,

Hoje quero compartilhar um capítulo da minha obra ASCENDENTE com vocês. Essa obra de Literatura Feminina, Ficção e Drama está em andamento no Wattpad completa em 2025 e quero mostrar mais sobre esse livro que aborda temas polêmicos como gravidez na adolescência, uso de drogas e outros por menores e não menos importantes.


Sempre acredite no que é correto, 
porque mesmo as coisas não saindo como você quer, 
o universo te surpreenderá pelo seu esforço.


Sinopse

Em uma pequena cidade litorânea dos anos 90, quatro jovens veem suas vidas entrelaçadas por um triângulo amoroso explosivo. As festas na praia e o cheiro de sal viram lembranças frias quando a paixão de verão ameaça destruir uma amizade de infância, forçando um dos quatro a fazer uma escolha que não tem volta.  "Ascendente" é uma jornada emocionante que te fará questionar até onde você é capaz de ir para proteger o amor.

Descubra os mistérios que escondem os corações desses jovens e prepare-se para se apaixonar por esta história inesquecível.







Encarar a verdade de frente é algo difícil,
mas necessário.


Depois que a emoção inicial do reencontro se acalmou um pouco, Diego, ao lado de Clara, levantou a garrafa de champanhe. Com um sorriso, serviu a todos os presentes. O fio de luz de fada dourado, entrelaçado no pergolado, cintilava suavemente, projetando pequenas estrelas dançantes no teto de madeira. A luz suave e quente refletia nas taças de champanhe, criando um ambiente mágico.
— E então, pessoal, vamos brindar a esse reencontro! — propôs Henrique, erguendo sua taça. Todos fizeram o mesmo, e ao tilintar das taças, acompanharam-se as risadas dos amigos. Clara sentiu um nó na garganta ao ver Diego tão feliz. Os anos pareciam ter se apagado, e era como se eles nunca tivessem se separado.
— Você ainda surfa, Clara? — Henrique perguntou, seus olhos se fixando nos dela. De repente se lembrou de seu luto e arrependeu-se, mas já era tarde — Desculpe se toquei em um assunto delicado.
Clara sorriu, mas seus olhos se encheram de lágrimas. Ela tomou um gole de champanhe, tentando se recompor. 
— Claro que sim, Henrique. É algo que eu amo e não posso parar com isso. Era uma coisa que Caio não queria também. — Sua voz vacilou por um instante, mas logo se firmou. — Camille também surfa. Na verdade, eu queria marcar algo com o Dominic amanhã. O tempo anda tão perfeito!
— Ótima ideia! — respondeu Diego, animado. — Eu adoraria ir também. Quem sabe a gente não revive velhos tempos?
Camille, que até então observava a conversa, se animou: — Eu topo! Já estou até sentindo a adrenalina da onda perfeita.
— E você já pegou alguma onda gigante? — perguntou Emília, piscando para a garota. Camille riu. 
— Ainda não, mas estou treinando!
— E você, Diego? Ainda é o rei das manobras radicais? — Clara perguntou, apoiando a mão no queixo. Ela mostrou interesse realmente sobre o ex-cunhado.
Diego sorriu e balançou a cabeça. 
— Acho que a idade não perdoa, mas a paixão pelo surf continua o mesmo.
De repente, Clara lembrou como um estalo do momento em que viu sua filha e Dominic se levantando do quiosque todo enfeitado com velas, algo romântico e inesperado. Um nó se formou em sua garganta. Segurando a vontade de perguntar, ela observou os dois jovens com atenção. Camille parecia radiante, seus olhos brilhando de felicidade. Dominic, por sua vez, a olhava com um amor tão intenso que fez o coração de Clara acelerar. Lembrou-se de quando era jovem e apaixonada.
— Vocês pareciam estar prestes a nos contar alguma coisa, mas interrompemos, o que era? — Fez um sinal para o próprio dedo, onde a marca de que havia uma aliança ali ainda era visível.
Um leve rubor subiu a face de Camille quando Dominic entrelaçou seus dedos aos dela. Com um sorriso radiante, ele anunciou:
— Ah pai, mãe e Clara, eu pedi Camille em namoro, agora somos namorados — disse ele todo orgulhoso com um sorriso de orelha a orelha, fez questão de levantar a mão entrelaçada.
— Uau, deixa eu ver essa aliança de perto. — Disse Emília, surpresa. O brilho do ouro rosa sob a luz das velas realçava a delicadeza da aliança, adornada com dois pequenos diamantes, um para cada um deles. — Eu sabia que aquela caixinha azul que você guardava era especial. — Ela se voltou para Clara, que sorria com os olhos marejados. — Para nós é algo repentino, mas Clara não parece abalada.
— Eu convivo com esses dois há quatro anos, a gente pesca uma coisa aqui e ali e eu estou satisfeita com a escolha dela, o Dominic é um ótimo rapaz. — Emília deixou escapar um sorriso espontâneo. Clara, por sua vez, pensava em todos os momentos que havia vivido ao lado de Camille e de Dominic.
A felicidade da filha a contagiou, mas também a fez lembrar do passado e de todas as alegrias e tristezas que a vida lhe proporcionou. Ela olhou para o casal, sorrindo com ternura. 'Que a vida os presenteie com muita felicidade', pensou.
O amor fluía no ar, palpável e contagiante, e o grupo brindou à felicidade do casal, celebrando o início de uma nova jornada juntos. A noite apenas começou, e a surpresa de Dominic havia deixado a todos radiantes. Era o início de uma nova história, escrita com muito amor e companheirismo.
Uma bandeja de madeira rústica foi servida, adornada com conchas cintilantes em um convite irresistível ao paladar. Camarões empanados e dourados, sashimi de peixe branco fresco cortado em finas lâminas translúcidas e ostras gratinadas com queijo e pão de alho defumado, dividiam espaço com uma seleção de bebidas convidativas: caipirinhas de frutas exóticas, mojitos refrescantes e cervejas artesanais.
Camille, com os olhos brilhando de prazer, segurou seu copo de caipirinha de maracujá. Ao dar a primeira mordida no camarão empanado, seus olhos se arregalaram de satisfação. 
— Esses petiscos estão divinos! — exclamou ela, a voz repleta de entusiasmo. — A combinação do agridoce é perfeita! A crocância do empanado contrasta com a maciez do camarão, e o toque cítrico do molho completa o sabor. Humm.
— Nosso chef é incrível, é uma receita exclusiva e só ele tem a receita e sabe as proporções corretas — explicou seu, agora namorado, em um tom orgulhoso. — Foi realmente difícil trazê-lo para o restaurante, ele era muito requisitado.
O camarão crocante estalava ao ser mordido, liberando um sabor intenso e suculento. 
— Esse é o favorito do Diego, não é? — perguntou Clara, sorrindo.
Diego, ainda um pouco perdido em seus pensamentos, assentiu com a cabeça. 
— Hã, é sim — respondeu ele, meio atordoado. Seu amigo, com um gesto discreto, o cutucou sob a mesa. Ele sabia que Diego tinha algo a dizer a Clara, mas o nervosismo o dominava.
Clara observava a cena com um sorriso nostálgico. Lembrou-se dos jantares com a família dos rapazes, Coronel Osvaldo e Marinês, sua melhor amiga, Amélia e eles… todos reunidos em torno da mesa e saboreando pratos deliciosos sob as estrelas.
— Clara gostava muito de camarões quando adolescente… pelo visto, ainda gosta. — afirmou para si mesmo, sua voz suave ecoando no ambiente silencioso por estarem ocupados degustando. 
Seus olhos se perderam na paisagem, relembrando os momentos felizes que havia vivido na juventude.
Uma lâmpada acendeu em Camille. Diego, esse homem de olhos intensos que ela ouvia a avó mencionar vez ou outra longe da presença da mãe como se fosse um segredo. A cada palavra trocada, ela percebia a profundidade da conexão entre eles. A brisa salgada, carregada do perfume das flores, acariciava seu rosto enquanto as chamas dançavam no fogo, iluminando os segredos prestes a serem revelados.
— É difícil achar camarões na Europa como os daqui, por isso eu sempre como bastante quando venho para cá — disse a mulher, tentando manter a voz firme, mas forçando um sorriso. Ela começava a ficar desconfortável com o rumo da conversa.
Diego, que havia bebido de barriga vazia, encarou-a com um olhar intenso. As palavras a seguir saíram de sua boca como um sopro de vento frio. 
— Por isso você não deveria ter ido embora. — Um silêncio pesado se instalou entre eles. A frase ecoou em seus ouvidos, carregada de um peso que pegou os dois desprevenidos.
Todos os olhos se voltaram para ela, aguardando sua resposta. Ela se sentiu encurralada em um palco sob o holofote. A frase de Diego havia sido um soco no estômago, revivendo memórias que ela preferia manter enterradas. Ela sentiu o coração acelerado e uma onda de calor subir pelo rosto. 
Por um instante, considerou mentir, mas sabia que a verdade viria à tona mais cedo ou mais tarde. Bebeu um gole do seu Martini, tentando ganhar tempo para organizar seus pensamentos, assim como seu pai sempre fazia.
— Não é? — repetiu ela, forçando um sorriso. — Se eu quisesse continuar comendo esses camarões, eu não deveria ter saído daqui. — Ela deu de ombros, como se fosse algo óbvio demais, mas seus olhos não conseguiam esconder a tristeza, então os fechou por um segundo. — É claro, por que eu sai daqui?
Diego desviou o olhar, sentindo uma pontada de remorso. Ele sabia que havia a magoado e que suas palavras haviam reaberto feridas antigas, uma ferida que ambos tentavam manter escondida. A atmosfera na mesa ficou tensa. Os outros convidados trocaram olhares, percebendo que havia algo mais por trás daquela conversa inocente.


Capítulo 25
Playlist Oficial


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