Doce Espera: diário da mamãe e do bebê

6 anos de Blog!

Olá leitores pensativos,

Hoje é um dia muito especial para mim, para o blog e para vocês também leitores do Blog Pense Repense que diariamente disponibilizam o tempo de vocês para lerem minhas singelas postagens, sejam de dicas, poesias, contos, entre outras; porque hoje comemoramos 6 anos do Blog Pense Repense! E esse ano quero fazer uma comemoração especial e diferente das anteriores, nada de estatísticas nem dicas de postagens mais vistas, apenas material de conteúdo para vocês! Espero que gostem.

― ― ― ―♥ POESIA ♥― ― ― ―

Selecionei uma poesia reflexiva sobre o que é a liberdade, a qual às vezes é confundida com outras coisas menos significativas, perdendo seu real sentido em nossa vida.



― ― ― ―♥ CONTO ♥― ― ― ―

Para o mês dos namorados, um conto romântico é uma ótima leitura para se inspirar.

John e Ela

A única coisa que Amanda se lembrava do verão passado era de seu namorado John. Ele era uma pessoa simples, mas com grandes ambições para a vida, um rapaz que corria atrás de seus objetivos, assim como ela. Cada um morava em sua casa no início do namoro, mas frequentavam tanto a casa um do outro que parecia que moravam juntos.

Um dia ele a surpreendeu, choveu muito naquela semana, mas a surpresa não poderia esperar. John pediu que sua namorada fizesse as malas, pois iam passar o final de semana fora, mesmo sem ela saber para onde iam.

Chegando ao local, da estrada se via um longo pasto com cercas de arame bem pregados em palanques de concreto e mais à frente uma casa linda. Caminhando pelo gramado verde e encharcado da chuva puderam descansar as malas na varanda espaçosa. John abriu as portas, entrou na casa e convidou sua namorada para entrar também, ela adorou a casa em estilo rústico antigo e fez muitos elogios.

A casa não era grande, mas poderia abrigar um casal e dois filhos tranquilamente, disse John, estava toda mobiliada, mas precisava de uma boa faxina e pequenos reparos, que rapidamente eles poderiam fazer em um final de semana. John comprou muitas coisas para sua namorada, as roupas das malas eram novas. A casa era herança de família, estava fechada por conta do tempo que esteve em inventário, John disse a ela também.

E foi com essa ideia que John pediu para que Amanda morasse com ele. A moça aceitou rapidamente se entusiasmando com esse novo passo na vida do casal.

Da porta-janela da sala de televisão Amanda imaginava seus futuros filhos correndo e brincando no gramado, na cozinha imaginava os pratos que cozinharia para a reunião das duas famílias, os bolos que faria para seu futuro marido, e ainda os cômodos onde seria amada por seu homem, mais de uma vez. Enquanto Amanda viajava nesses pensamentos, John desfazia as malas no quarto, quando a chamou, mas não para ajudá-lo, mas para se amarem em sua nova casa.

Esse amor era perfeito, cheio de desejo e paixão, mesmo sendo pouco tempo juntos, pouco mais de dois anos e meio, eles sabiam o que queriam, queriam ficar juntos para o resto de suas vidas, queriam se amar todos os dias, no aconchego de sua casa e ouvir as crianças brincando, queriam mudar o "eu" para "nós" e não voltar atrás. 
Depois que se recomporam foram caminhar pela nossa nova propriedade, conhecer os bichos que a pequena fazenda dispunha e ver o que mais o terreno tinha.

De repente, barulho de motor foi ouvido e o casal dando a volta no terreno até a parte da frente da propriedade para conferir. Homens vestidos em ternos pretos desceram de seus carros da mesma cor, passando aquele ar de superioridade e arrogância, estacionados lado a lado em frente à propriedade, fora da cerca.
Sem muita cerimônia convocaram o jovem casal para se dirigirem até o hospital, no centro da pequena cidade de interior. Não deram muitas informações a respeito dessa reunião, e se esquivaram das perguntas feitas por John e Amanda, mas como parecia importante, deixaram tudo como estava e foram juntos em seu carro, sendo escoltados por esses homens.

Já no hospital eles foram encaminhados para uma sala de espera, onde estava lotada de pessoas, mas conseguiram encontrar a mãe de Amanda, senhora Carmen Lucia. Aos poucos, os que estavam naquela sala, cerca de trinta pessoas acomodadas de pé, foram sendo separados em grupos, e assim encontraram vizinhos e conhecidos.

― Você sabe por que estamos aqui? ― Amanda perguntou a um deles, um senhor de meia idade, seus cabelos grisalhos e calvos na testa, que disse ser um dos primeiros a chegar ali.

― Eles são do governo ― ele apontou discretamente com o queixo para uma das pessoas que estava organizando os grupos― vê seus crachás? ― o pequeno grupo assentiu.

― Tanto eles como os outros, os médicos e enfermeiros.

Essa informação deixou os outros mais apreensivos do que antes, e mais duvidas foram surgindo em suas mentes turbulentas e preocupadas.

O que estava acontecendo?

Logo os cincos grandes grupos foram separados em grupos menores, John e Amanda foram separados nesse processo, alguns amigos e a senhora Carmen Lucia também, esse momento foi comovente. Cada pequeno grupo foi levado à outra sala, menor que aquela, mas igualmente estérea e sem nada além da porta.

As horas foram passando, uma, duas, cinco horas, e sem resposta alguma do que fizeram as outras pessoas, e muito menos o que fariam com Amanda e seu grupo. No grupo que John estava, a mesma angústia foi sentida, assim como os demais grupos.

Já era noite quando Amanda cansou do silencio daquela pequena sala e começou a gritar. Tentou de alguma maneira chamar a atenção de alguém lá fora. Chamou pelo seu namorado, sua mãe, seus conhecidos, por qualquer pessoa. Sem sucesso, claro, só ganhou mais silêncio.

Todos estavam tão chocados e amedrontados quanto ela, mas seguiu sua busca por respostas. Ouviu um rebuliço no fundo da sala com algumas pessoas que pareciam se conhecer, pois conversavam com intimidade. Ela se enturmou depois do seu ataque de histeria e soube por eles que isso era obra do governo junto com as forças especiais, mas não sabiam o que eles pretendiam com isso.

O que mais os deixavam aflitos era o silencio mortal ali, não naquele cubículo onde estavam confinados, mas no prédio. Sabiam que pelos caminhos que percorreram, não estavam longe da área externa, mas mesmo assim nem os grilos a noite e nem os pássaros de manhã foram ouvidos. O corpo foi vencido pelo sono e cansaço, logo um a um foi pegando no sono.

Nos primeiros raios de sol lá fora, um a um naquela sala foi chamado pelo nome e depois dispensado em seguida, mas nem todos para a liberdade como Amanda. Ela pegou o carro do seu namorado e foi para onde seria a casa deles juntos. No caminho se perguntou se estavam bem, se ela tornaria a vê-los novamente, ao menos para se despedir, ou para te-los de volta.

Amanda chegou na sua casa, estava frio e triste sem John, e começou a chorar desesperadamente, sentia que tinha perdido as duas pessoas mais importantes da sua vida em um só dia, e nem sabia se estavam vivos, com fome ou sendo torturados. Uma angustia enorme cresceu em seu peito e o que Amanda mais queria era que isso acabasse logo.

Suas amigas saíram de suas casas e foram até o endereço que Amanda passou o mais rápido possível quando ela ligou. Elas não perguntaram o que acontecera, apenas fizeram o que sua amiga quebrada em pedaços lhes pedia para fazer. Uma fez chá e preparou uma bandeja na sala para todas, outra amiga ajudou a desfazer as malas.

― Acha que vai te fazer bem ficar aqui, amiga? Quer ficar lá em casa? ― Katharine perguntou à amiga afagando suas costas enquanto elas tomavam o chá, se preocupava com Amanda.

― Vou sim, é o que restou de John para mim ― disse e tornou a chorar.

Foi quando aquele pessoal que estava no hospital, agora adentrava o pátio da casa de Amanda novamente, ela chamou suas amigas até a porta da frente. Logo que chegaram foram bombardeando as amigas de Amanda com perguntas, e ela começou a chorar de soluçar e não conseguiu proferir mais nenhuma palavra se quer. Fechou os olhos e ali ficou desejando John mais uma vez.

― Meu amor? Bom dia e feliz cinco anos de casados!

Amanda abriu os olhos e viu John a encarando com um sorriso enorme. Foi apenas um pesadelo. Ela o felicitou também, com um abraço apertado e muitos beijos cheios de saudade e medo de perdê-lo, o que fez John pensar no que aconteceu em seu sono agitado durante a noite.

― ― ― ―♥ ROMANCE ♥― ― ― ―

Uma dica de leitura perfeita é a obra A Garota de Vegas da autora nacional Thais Caldeira, e você pode adquirir direto com a autora. Conheça A Garota de Vegas:

Sinopse


Nascida e criada nas ruas de Las Vegas, Meredith não teve uma vida fácil, sendo jogada de uma família de adoção para outra. Quando se viu mais velha, conseguiu trabalho em alguns cassinos, lugares propícios para unir o excelente dom do cálculo com certa experiência em jogos de azar, conquistando, assim, uma pequena fortuna. Em busca de uma formação, amigos e amor, Meredith deixa Las Vegas para cursar Química em Nova York, onde se torna presidente da irmandade Wallahy, na Universidade Venom, por meio escusos. Alcoólatra, anoréxica e muito inteligente, mas um pouco confusa e descuidada, a garota a quem todos chamam de Vegas só quer ver o circo pegar fogo e eternizar seu nome na calçada da fama, pois, como aprendeu desde cedo, a vida é um jogo."


Resenha

Meredith, protagonista de uma comédia romântica, leva uma vida agitada por ser líder de uma irmandade na Venom University. Todavia, tudo no decorrer dos dias se torna suportável e agradável através das atrapalhações e ciladas (in)voluntárias dela com seus "amigos" tornando uma leitura leve e risonha. Entre festas, rixas, bebidas consumidas, o sangue sempre é energético e entre irmandades e fraternidades o enrendo da A Garota de Vegas torna-se mais intenso.
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Ao iniciar a leitura você é transportado a um universo incrivelmente louco que é a Venom University. Irmandade e fraternidade são sinônimos de festas, rixas e muita pegação, e nisso a autora é fiel, sendo uma marca importante no decorrer da história. 

Meredith, nossa linda e desastrada protagonista, teve um início muito frustante e triste, mas ela não deixou isso abalar o que veio depois e decidiu que se formaria e daria um curso à sua vida. Com uma personalidade forte, não se rebaixa a qualquer um e não deixa que façam isso perto de si, não importando quem seja. Por ser o último ano na universidade, Meredith conhece a maioria dos estudantes, e acho que por isso que ela algumas vezes ultrapassa a linha tênue que separa ela de seus "inimigos de irmandade".

Dentre atrapalhadas da própria protagonistas, e situações em que ela é forçada a passar por causa de terceiros, A Garota de Vegas é uma leitura instigante a cada capítulo, com uma leitura leve e descontraída te arrancando algumas lágrimas, seja de tanto rir ou de momentos sentimentais.

Como a autora mesma adverte, não é sobre uma história de amor (tem sim casais que se formam, outros que se separam, mas esse não é o foco), mas é uma história de amizade, lealdade e principalmente de superação. 

Essa obra é perfeita para ler em um dia de sol na praia (minhas fotografias me denunciam), ou em um dia de chuva embaixo das cobertas na companhia de uma xícara de café, aliás isso eu e Mere temos em comum.

Uma capa maravilhosa, diagramação e artes em geral foram muito bem elaborados, todos estão em harmonia com a obra como um todo.


"Algumas horas mais tarde, recebi uma lingerie de anjo, com asas. Comecei a rir e decidi mudar aquele aspecto, já que era o que eu deveria usar na festa. Pouco que importei com quem teria mandado, só decidi customizar. Tingi o lingerie de preto, amarrei umas faixas de couro pela cintura e, as asas, tingi de vermelho sangue. Calcei um scarpin vermelho alto e carreguei bem na maquiagem. Eu parecia uma diaba recém-saída do inferno, meio motorhead."


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Sobre a autora

Thais Caldeira, paulista, nascida em 27 de junho de 1987. Nerd, perfeccionista, aventureira assumida, romântica incurável, amante do Universo Geek, detalhes e tudo o que tem um pouco de magia. Começou escrevendo colunas para blogs e sites, até lançar sua primeira obra, Laura Sophia Heyes, em 2016, na Bienal do Livro de São Paulo.

Instagram @thaiscgcaldeira
Blog descajadaminhanuvem.com

― ― ― ―♥ PENSE REPENSE ♥― ― ― ―

Por hoje é só leitores, espero que tenham gostado da nossa comemoração de 6 anos do blog! 

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