Doce Espera: diário da mamãe e do bebê

[Contos de Junho] A Morte e o Amor por Aurora Welsh

Olá leitores,

Quando falamos na morte logo nos vem à mente um ser sem rosto, com longas vestes pretas com capuz e uma foice para ceifar a vida de suas vítimas, mas ninguém pensaria que a Morte pudesse ter sentimentos. Leia e me diz:

A Morte e o Amor 


Dizem que a morte canta todas as vezes que vê um dos filhos de sua irmã Vida, morrer. Pode ser trágico, fatal ou indolor, ela se alegra. Mas essa nunca foi a verdade, foi um mito inventado por aqueles seres amargos, que queriam mostrar a Morte de uma maneira ruim, errada. 

A Morte carrega um fardo que ninguém vivo suportaria, vê todos ao seu redor morrendo lentamente, sabendo que no fim, ela terá de tomar seus corpos nos braços e arrancar a alma de seus corpos falecidos. Ela sente um corte, uma dor aguda e profunda em seu peito todas as vezes que precisa exercer seu trabalho. É odiada por muitos, incompreendida e tratada como lixo. 

Infelizmente ela também se vê assim... lixo. 

Mas, logo no começo dos tempos, existiu um ser... um humano. Reles mortal e ladrão. A Morte acompanhou seu crescimento e aos poucos, ele também via a Morte agir ao seu redor, levando todos aqueles que ele amava. 

Foi envelhecendo o mortal, se tornando homem maduro. A Morte, indefinida, desceu para a Terra Azul, criação de sua irmã, para buscá-lo, aos 30 anos mortais. Ele havia sido esfaqueado nas costas e pediu clemência ao assassino e para sua sorte, a Morte o escutou e o atendeu, matando com crueldade o mortal que tiraria a vida de seu amado homem. 

Ele morreu. Seu corpo não suportou o golpe e a visão nítida da Morte. Um humano jamais suportaria olhar para a face verdadeira dela. Contudo, ela não conseguiu segurá-lo nos braços, não conseguiu arrancar sua alma, pois o amava. O amava mais do que podia contar. E como morte era, deveria ser... o corpo realmente morreu, mas a alma não. A alma do humano cabia na palma de sua mão, e lá permaneceu até que conseguisse soltá-la. Não conseguiu. 

Durante anos a fio, a Morte segurou-o em sua mão, fundando seus corpos, mas, começou ela a sentir o que ele sentia. Tristeza, solidão, amargura. Valeu a pena tudo aquilo? Tinha valor para ela, como Sagrada, ter um homem humano preenchendo seu imensurável vazio? 

Não... não valia. Pois a cada nova alma tomada, cada novo corpo desvanecido que causava, lhe invadia a inconformidade, a saudade e a perda de um igual. Ela se sentia mais humana do que Deusa que era. 


Moral da História: Antes de agir conforme os sentimentos, de tomar decisões baseadas na agonia, pense e reflita. Essa pode ser a decisão que irá reger sua vida dali em diante.


Aurora, como está pensando, é apenas um pseudônimo. Adolescente de 17 anos, escrevendo há quase dez anos. Como a maioria dos escritores, começando a escrever por conta de alguns problemas sociais e sentimentais, mas hoje escreve por prazer pela escrita e criação de histórias. 
Possui quatro livros postados no Wattpad (Atualmente pondo em pauta o quinto, seu terceiro romance). O primeiro se trata de um romance LGBT; O segundo é também um romance, porém nada romântico, como costuma dizer, se tratando de tudo que acontece ao redor da protagonista, dona de um grave problema de saúde (nada a ver com A Culpa é das Estrelas); O terceiro é um livro de ficção geral, misturando um pouco de tudo e principalmente assuntos polêmicos, apresentando um mundo completamente novo, com seres novos e mitologia própria; O ultimo e não menos importante é um livro de cunho pessoal, dito cujo ganha informações novas todas as vezes que pensa em algo polêmico relacionado ao assunto do livro. 


Redes sociais disponíveis: 
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WhatsApp: +55 91 985085039





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